segunda-feira, maio 27, 2013

UM FUTURO MENOS MASCULINO?


Olá amigas da Ramep, boa segunda feira para vocês.

Hoje eu trouxe do site Pensou Mulher Pensou Abril, a opinião de Dora Faggin sobre UM FUTURO MAIS FEMININO NO MERCADO DE TRABALHO.

Vejamos os que a especialista deslumbra para nós num presente próximo.

Conversamos com DORA FAGGIN, sócia-diretora da Vox Pesquisas, socióloga, formada em Desenvolvimento Social. Em pauta, o futuro da mulher no mercado de trabalho e o presente da mulher nas redes sociais. Confira os melhores momentos e reflita:

A sociedade brasileira sempre oprimiu as mulheres. Claro, hoje em dia os nossos direitos estão mais claros, há leis, etc. E se alguém fala de opressão contra as mulheres dizem que é loucura, que as mulheres já conquistaram seu lugar nas universidades e empresas. Mas esta é uma mulher masculinizada.

DORA FAGGIN
Há defasagem salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo (elas recebem menos, é claro). A sociedade é machista e até a mulher coloca em prática uma visão masculina – de mundo, de emprego etc. Contudo, as mulheres estão cansadas de ter que se comportar como se usassem uma máscara masculina para encarar o mundo.

Estamos em um momento de transição: as mulheres aos poucos vão conseguir se colocar como mulheres, e não como ‘mulheres masculinas’. Hoje, as mulheres conseguem se reconhecer como grupo, conseguem falar de mulheres, com mulheres e sobre mulheres – isso acontece com toda minoria (apesar de que a mulher não é uma minoria em números, mas é tratada como, pois é suprimida e oprimida). E essa questão do grupo pode trazer a reconexão com a parte feminina da alma e permitir, nos próximos anos, uma sociedade mais feminina e livre para a mulher. E isso não vai acontecer  porque as mulheres vão ganhar ainda mais poder, mas porque ela vai conseguir executar suas ações de uma forma feminina. Ela vai ver que não precisar ser dura o tempo inteiro.

Sobre mulher, liberdade, família  e redes sociais

As mulheres encontram a liberdade nas redes sociais. Hoje, dá para viver diversas personas virtuais sem assumir efetivamente nenhuma delas. Isso permite que a mulher explore partes de sua  personalidade que ela não podia mostrar antes.

Nas classes sócio-intelectuais mais baixas, as redes dão voz ao grupo. Isso porque as mulheres desta classes ainda têm algumas dificuldades no dia a dia que são difíceis de serem enxergadas pela mulheres de outras classes. Por exemplo, elas optam ficar casadas com um cara que não gostam só para ter uma figura masculina em casa. Neste contexto, as redes sociais permitem que essas mulheres se ajudem, se articulem, mostrem soluções que uma encontra e compartilha com a outra.

Mas há o lado negativo da rede, que interfere diretamente na vida familiar da mulher de qualquer classe intelecto-social. Se o filho está com dúvidas sobre sua vida sexual, ele não pergunta pra mãe, vai pra internet. Vinte anos atrás, as pessoas sentavam, comiam junto e conversavam. Hoje, as relações são individuais. E a mãe está sofrendo com esta realidade. Muitos aspectos da educação passam cada vez menos pela família.

Então já que assim é, o importante é que cada pessoa se ajuste o melhor que possa ao novo modelo de vida, a fim que sofra menos por causa das diferenças reinantes.

Um beijão para todas e até amanhã.

Ramep

Por

Iris de Queiroz


Projetos Sociais

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