segunda-feira, maio 14, 2012

DIFERENCIADO DAS DEMAIS


Olá pessoal do blog, um bom dia para todos.

Nós destacamos hoje para nossa reflexão diária, o texto da repórter Karla Camila, do Jornal Diário do Nordeste, onde se publicou que as crianças do Ceará perdem o benefício do Leite especial aos dois anos.

A autora afirma que essas crianças são alérgicas a proteína do leite de vaca, por isso precisam de alimento diferenciado das demais.

Vamos aos detalhes.

Pele avermelhada, coceira intensa, urticária, diarreia, vômito, perda de peso. Esses são alguns dos sintomas apresentados por crianças alérgicas a proteína do leite de vaca.

No Ceará, existe um programa de assistência, viabilizado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), que disponibiliza um leite especial para cerca de 580 crianças. Porém, quando elas completam dois anos são automaticamente retiradas desse programa.

O fato é que muitos desses pequenos continuam alérgicos e dependem de assistência especial. Hoje, dezenas deles, aguardam uma resposta do Governo do Estado para continuarem recebendo essa ajuda. Um deles é o pequeno Ytrio, de três anos.

Quando tinha apenas dois meses de vida, a administradora Daniara Pessoa, mãe do garoto, descobriu que ele era alérgico à proteína do leite de vaca. Aos seis meses, Ytrio passou a fazer parte de um programa e se cadastrou no Hospital Infantil Albert Sabin para receber o leite especial gratuitamente.

Contudo, ao completar dois anos de idade, Ytrio foi cortado do programa mesmo com o laudo médico comprovando que ele continuava alérgico. Em 2010, Daniara ingressou com processo na Justiça e, em setembro do ano passado, ela ganhou a causa. Entretanto, até hoje, o Estado não repassou as latas de leite. "Sempre que eu ligo para lá, eles dizem que o processo está em compra. É muito triste para as mães, pois o leite é complemento nutricional que a criança necessita", afirmou.

Associação

Motivada pelo seu problema e sensibilizada com outras situações semelhantes, Daniara fundou a Associação dos Portadores de Alergia Alimentar do Ceará (APAACE), formada por um grupo de pais e mães unidos para difundir e facilitar o conhecimento sobre alergia alimentar. "Existem dois tipos de leite especial. Um varia de R$150,00 a R$200,00, e o outro tipo custa, em média, R$100,00. As crianças necessitam de pelo menos oito latas por mês", diz.

A geógrafa Tatiana Maria de Souza, mãe de Guilherme, de dois anos, está passando pela mesma situação. De acordo com ela, desde os oito meses, seu filho está inserido no programa da Secretaria de Saúde e recebe o leite especial, no entanto, desde de o início do cadastramento, ela revela que foi informada, através de um bilhete formal da Sesa, que Guilherme, ao completar dois anos, perderia o benefício gratuito.

"Os exames comprovaram que ele ainda está doente, mas não temos direito ao leite. Temos que gastar cerca de R$800, 00 por mês com o leite especial. A única alternativa é procurar a Justiça para conseguir esse beneficio de volta", destaca Tatiana Maria de Souza.

A gastropediatra Hildenia Baltazar Ribeiro, do Hospital Infantil Albert Sabin e professora da Universidade de Fortaleza (Unifor), explica que a doença é medida pelo sistema imunológico da criança, pois o próprio organismo cria anticorpos contra o alimento. De acordo com ela, os sintomas são: diarreia, vômitos, dor abdominal, manchas, urticárias e perda de peso. "A principal prevenção é o leite materno. Uma criança que foi amamentada por seis meses é menos suscetível a essa alergia", explica.

Por outro lado, segundo ela, até os dois anos de idade, cerca de 50% das crianças podem ficar curadas. Além disso, ela destaca que as crianças só têm necessidade de tomar esse leite como complemento alimentar até essa idade, pois até o segundo ano de vida, ela está na fase latente, onde o leite é o principal alimento para o desenvolvimento. "Na cultura europeia, o leite é pouco utilizado, mas na nossa cultura essas crianças continuam tomando leite depois que crescem. Isso é algo cultural".

Vitaminas

Ela ressalta ainda que a partir dos dois anos as crianças podem começar a ingerir proteínas, aminoácidos e lipídios e vitaminas contidas nas frutas, verduras hortaliças, e carne bovina. "Os pai precisam estimular o consumo de outros alimentos. Só, assim, as crianças poderão se adaptar com novos sabores", diz.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), foi formada uma comissão interinstitucional para cuidar desses casos. Esse grupo, composto por profissionais ligados à área de saúde, deve avaliar cada situação de crianças alérgicas e acima de dois anos de idade.

Ainda conforme a assessoria de comunicação, o responsável pela criança deve comprovar, através de alguns exames específicos, que o menino ou a menina tem alergia múltipla ou alergia grave. Se isso for confirmado, a Secretaria de Saúde do Estado garante que a criança continua incluída no programa e, portanto, recebendo o leite especial gratuitamente.

Abraço para todos e até amanhã.

Elas São Des

Por

Iris de Queiroz

Projetos Sociais

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