segunda-feira, abril 16, 2012

ACIMA DOS 60 E NO BATENTE!



Olá meu povo do Pajuçara em Foco, bom dia para todos.

Hoje eu trouxe do Jornal Diário do Nordeste esta matéria onde se publicou que 13,8% mais trabalhadores estão acima de 60 anos e que a ocupação de sexagenários no mercado de trabalho da RMF cresce há 37 meses consecutivos.

Vamos ver os detalhes.

Enquanto a população ocupada abaixo dos 60 anos de idade cresceu 6,6%, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), entre dezembro de 2008 e janeiro deste ano; o índice de avanço dos trabalhadores acima dessa faixa etária, maior parte deles já contando com uma aposentadoria, proporcionalmente, avançou mais que o dobro, registrando elevação de 13,8%.

Os dados são do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), que é realizada mensalmente, na RMF, em parceria com o Sine/IDT. Segundo o estudo, em apenas dois dos 38 meses o crescimento da força de trabalho com idade inferior a 60 anos de idade (fevereiro e maio de 2009) foi proporcionalmente superior ao de pessoas acima dessa faixa etária. Por outro extremo, já são 37 meses consecutivos de maior incidência na ocupação de sexagenários no ambiente laboral na Capital e em cidades vizinhas.

O aumento no número de idosos não pode ser o único abalizador para explicar o retorno desse contingente específico ao trabalho. Inúmeros fatores isoladamente ou atuando em conjunto podem ser apontados como a(s) razão(ões) desse fenômeno.

Na opinião do coordenador da PED, Ediran Teixeira, duas causas merecem ser destacadas. "Primeiro, a economia aquecida requer mais pessoas para ocupar as vagas. É a ruptura de mais um paradigma: a de que não há mais oportunidades para quem já passou dos 40 anos de idade", diz.

Ele esclarece o porquê da preferência atual das empresas por esse perfil. "Eles são mais experientes e qualificados. Conhecem porque já passaram por diversas funções. Ocupam cargos de maior destaque pois já dispõem de uma remuneração fixa (aposentadoria). Então, não aceitam qualquer coisa. Estão escolhendo onde querem trabalhar", pontua.

Finanças pesam

Para o pesquisador, o segundo motivo do preenchimento dos postos por pessoas com mais de 60 anos de idade é a necessidade financeira. "A aposentadoria de quem ganha mais de um salário não cresce no mesmo patamar do reajuste do mínimo, que é baseado no PIB e na inflação. A correção é diferente. Por isso, eles se lançam novamente no mercado", explica.

O primeiro secretário da União dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (Unapeb), núcleo Ceará, Wilson Novais, concorda. Para ele, a defasagem das aposentadorias, sobretudo, nos últimos dez anos, tem provocado no aposentado a necessidade premente de continuar na ativa.

"Se duvidar a defasagem na última década já é de quase 80%. A renda do aposentado diminuiu consideravelmente e não acompanhou a inflação. Uma solução seria indexar todos os benefícios ao reajuste do salário mínimo. Desde 1992 isso foi desvinculado", afirma.

Para Wilson, a redução consistente no valor ganho e a percepção do aumento de outras variáveis como plano de saúde, por exemplo, que chega a aumentar até 100% com a mudança de faixa etária para 60 anos, achataram o poder aquisitivo de muitos aposentados. O resultado, segundo ele, foi a enxurrada de empréstimos consignados e assédio mais intenso dos agiotas sobre esse público alvo. "Endividado, resta voltar a trabalhar para sanar as contas e sobreviver dignamente", acrescenta.

De acordo com Wilson, ainda há outro agravante em muitos casos. "Conheço muitos que precisam ajudar os filhos em dificuldades, que pagam colégio dos netos e outras contas, e são fundamentais no orçamento dos descendentes", fala, ressaltando que, corriqueiramente, passa pela cabeça de quem vai envelhecendo a questão de não deixar a família desamparada. (ISJ)

Abraços para todos e até amanhã.

Elas São Des

Por

Iris de Queiroz

Projetos Sociais

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