sábado, maio 28, 2011

CASOU E MUDOU – SEGUNDA PARTE


Meninas lindas do Elas São Des, saúde e tranqüilidade para todas neste dia maravilhoso de maio findo.

Como prometi para vocês aqui está a segunda parte do artigo de Daniela Pessoa, abordando as mudanças que acontecem na relação conjugal, logo após o casamento.

Acompanhem por favor.

Melhor que a encomenda

O marido de Glaucia Cristina Mathias, designer gráfica, também mudou. Mas para melhor! Quando solteiro, dependia muito da mãe e Glaucia precisava "disputar" atenção e espaço. "Eu tinha que respeitar, mas casado ele está muito mais preocupado comigo. Até o sexo está melhor do que na época do namoro", anima-se.

"A cumplicidade, o respeito é muito grande. Sabe o que é gostoso? Ouvir seu marido dizendo que você é perfeita, que não tem do que reclamar. Acho que por se sentir assim ele faz de tudo para me agradar e me deixar feliz. Digo que éramos como duas peças de um quebra-cabeças que estavam frouxas e que se encaixaram, perfeitas, depois do casamento!", derrete-se.

Segundo o psicólogo e terapeuta de casal Eduardo Yavusaki, do Instituto H. Ellis, em São Paulo, não se pode dar bobeira quando o assunto é desleixo. "Homem é um bicho meio estranho. Depois que as coisas estão sob controle, que ele já conquistou a mulher, vem o comodismo.

O homem abandona aquele sonho que a mulher tem de viver o romantismo". Segundo ele, é disso que as mulheres mais reclamam. Da falta de carinho, carícias, beijos. Mas, segundo Eduardo, não tem colher de chá: as mulheres também mudam depois do casamento e podem se tornar vítimas do que elas mais criticam nos maridos: acomodação.

Contra esse mal, porém, a cura é simples: tem que manter a relação gostosa. "Se a rotina conjugal já é difícil por si só, imagina sem o tempero do romantismo! Até sexo, o tesão, fica abalado, o que pode abrir portas para terceiros ou terceiras na relação. Por isso, se o casamento não estiver legal, mesmo que seja uma besteirinha te incomodando, senta e conversa com o seu homem.

"Os homens não são muito chegados em discutir a relação, mas com razão, porque não é uma questão de discutir, mas de falar sobre", garante o terapeuta. "E não só nos momentos ruins!

O casal deve conversar sempre sobre a vida a dois, principalmente quando está tudo bem, porque, quando se espera pela crise, pode ser tarde demais. Às vezes ela não deixa nem espaço para palavras", aconselha.

Glaucia Mathias foi rápida no gatilho. O marido mudou para melhor, mas no começo, começou com um leve deslize, diminuindo a quantidade de vezes que dizia 'eu te amo' para a esposa. Ela se sentiu incomodada e logo deu um jeito na situação, explicando que não era porque tinham se casado que a frequência das palavras carinhosas deveria mudar. "Casamento é uma conquista constante. Não é uma aliança no dedo que vai mudar as coisas. No dia seguinte, tudo pode acontecer", acredita.

"Mas conseguimos. Está tudo como era antes! Ouvimos 'te amo' um do outro, sentindo que vem de dentro e não da boca para fora, fazemos agrados, nem que seja levar um chocolate de surpresa. Enfim, o importante é mostrar que um ainda se importa com o outro", acredita a designer.

Jogue!

A psicóloga Eliete de Medeiros, gerente do site de relacionamentos A2encontros, tira o chapéu para atitudes como a de Glaucia. "Casamento é isso mesmo, um namoro e aprendizado eternos. Tem que buscar surpreender, seja com presentes, bilhetes, torpedos, uma lingerie nova.

Senão as pessoas vão ficando acomodadas mesmo", alerta Eliete. "O homem é um ser visual, então a esposa tem que estar sempre bonita, bem cuidada, sem deixar a vaidade de lado. Já a mulher é auditiva, ou seja, tem sempre que ouvir um elogio, palavras de carinho", completa.

E se o dia-a-dia for muito corrido para namorar, combinem pelo menos alguns dias da semana para sair etc. Foi o que fizeram a advogada Márcia Meireles e o seu marido. "As sinucas de todos os dias passaram a ser das terças e quintas. As segundas, quartas e sextas são nossas!

Os fins de semanas, da família e, às vezes, só nosso", orgulha-se a advogada. Mas não se esqueça do elemento surpresa! Já pensou? Uma ida ao restaurante pode virar uma noite apimentadíssima onde vocês quiserem!

Portanto, nada de virar reclamona de carteirinha. "O homem desiste", garante Eliete de Medeiros. Sem contar que não existe essa história de culpa de um ou do outro pela mudança.

"A culpa é dos dois, não adianta entrar num processo de acusações mútuas. A solução é ver o que mudou, tentar reverter, mas também estar ciente de que cada um tem suas imperfeições e que você vai conhecer as do parceiro mais a fundo quando estiverem morando juntos", ressalta o terapeuta Eduardo Yavusaki. "Não dá para casar achando que aspectos negativos do outro não vão aparecer, porque vão. O erro é ficar criando falsas expectativas", avisa.

A advogada Márcia Meireles sabe bem disso. "É normal acontecerem certas mudanças, tanto nos homens quanto nas mulheres. Eu mesma, tem dias em que estou cansada demais para conversar ou sair. Principalmente naqueles dias...Mas não se pode fazer disso um hábito", frisa. Segundo ela, para se ajustar à vida a dois e às mudanças do parceiro, é preciso muita paciência e companheirismo. "Não se anule. É fundamental que você respeite a si mesma, sem ferir a sua individualidade", alerta Márcia. Já viu, né?

Casamento é uma constante negociação, um jogo - o casal tem que jogar, saber ouvir, falar e também ceder em busca do equilíbrio. Porque mudar, tudo e todos mudam e, convenhamos, ainda bem!

Obrigado pelo carinho de todas e até amanhã.

Elas São Des

Por

Iris de Queiroz

Coordenadora do Projeto

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