sexta-feira, outubro 04, 2013

ELES NÃO SABEM MAIS SEDUZIR?



Olá meninas lindas da Ramep, um sábado glamouroso para todas.

Nosso encontro hoje celebra o texto do site Delas – iG São Paulo onde se publicou que para nós, as mulheres, a insegurança do homem atual atrapalha conquista. Vocês concordam?

A matéria afirma que correndo atrás das mudanças econômicas e sociais que forjaram um novo perfil de mulher, o homem ainda não redefiniu seu papel nos relacionamentos e na arte da sedução.

Vamos ver os detalhes.

“O manual de instruções da masculinidade para o mundo moderno não funciona no mundo pós-moderno”. É assim que o psicanalista e psiquiatra Jorge Forbes, presidente do Instituto da Psicanálise Lacaniana e do Projeto Análise, resume o desafio enfrentado pelo homem atual. Em busca de adequação às profundas mudanças econômicas e sociais que forjaram e continuam forjando um novo perfil de mulher, o homem em construção ainda tem muito o que aprender, especialmente na área da conquista, segundo especialistas e as próprias mulheres. Mas elas também podem dar uma mãozinha.

A saída da mulher tradicional de cena ajuda na entrada do novo homem. Especialmente na área dos relacionamentos amorosos. “É uma tendência que vai se concretizando. Vejo, próximos de mim, alguns exemplos, inclusive em faixas etárias mais avançadas -- 60, 70 anos”, diz a psicanalista Marcia Neder.

“Aos poucos, percebo que os homens estão deixando de lado suas máscaras”, concorda o psicanalista Luiz Cuschnir, especialista nas questões do feminino e masculino e autor de “Por Dentro da Cabeça dos Homens” (Planeta). Para Cuschnir, hoje eles têm permissão para se expor mais e podem até mesmo afirmar que dependem de um relacionamento afetivo. “Mesmo que as mulheres, na outra ponta, venham a considerá-los uns fracos por conta disso”, observa.

As mulheres, de fato, têm muitas queixas. Em um papo informal com a empresária Monica**, 50 anos, desquitada e mãe de dois filhos na faixa dos 30 anos; a também empresária Mariana**, solteira, 35 anos; e a stylist Sandra**, 40 anos, separada e mãe de um filho adolescente, a conclusão geral é de que, para se adaptar à nova realidade do universo feminino, o homem mudou. Para pior.

“Eles não se sentem mais na obrigação de fazer nada pela mulher, já que ela é sua própria provedora. Com isso, acham que é incumbência dela tomar a iniciativa também nos relacionamentos, convidar para sair, fazer o primeiro movimento de aproximação. O homem não sabe o que quer, fica esperando ser atacado e acha que isso é ser o ‘novo homem’”, reclama Monica.

Se por um lado os homens podem se sentir um pouco acuados ao encontrar mulheres que, nas palavras de Cuschnir, “abalam pilares”, por outro, a independência e a autoestima elevada também podem arrebatá-lo.

As entrevistadas são unânimes em dizer uma coisa: a mulher continua querendo ser tratada como mulher, ser conquistada, ser seduzida por um homem forte e com personalidade. “A gente não espera menos do homem, espera mais”, diz Mariana. “Mais identificação, mais cumplicidade”.

Seu estilo de sedução é eficiente?

Para Mariana, o homem tem de se esforçar para demonstrar que está a fim. “Ele tem que me querer mais do que eu quero ele, isso é meio caminho andado. Eu não saio com alguém que não esteja me querendo muito”.

Se cada ponta, portanto, está esperando uma ação específica da outra, a única forma de sintonizar as expectativas nestes tempos sem regras definidas é apostar na comunicação. “Nada hoje em dia é preto no branco. Há mulheres que se sentem cuidadas quando o homem paga a conta. Outras ficariam ofendidas com isso. Precisa de muita conversa”, recomenda Marcia.

Conflito de gerações

Para Sandra, que optou por ir embora do Brasil e morar na Califórnia, onde está namorando um homem também separado e com três filhos, o problema no Brasil é um embaraço de gerações. “No Brasil, homens de todas as faixas olham para as mulheres de 25. Fica meio difícil eles entenderem as necessidades de uma mulher de 40. Os homens com idade parecida com a minha querem mulheres com metade da minha idade”.

“Eu, como homem, não tenho coragem de encostar um dedo em você, porque tenho medo da sua reação. Você é uma mulher que sabe exatamente o que quer

Forbes explica que vivemos uma mudança de época -- o que só reforça a importância da comunicação clara e sem ruídos proposta acima. Nestes momentos, a sociedade se divide em um grupo de vanguarda, que assume a ponta, e o grupo reacionário, que tenta se defender da mudança. Para ele, o interesse dos quarentões por mulheres com metade da idade deles vem daí: uma certa segurança que é proporcionada ao reviverem o arquétipo retratado em “My Fair Lady”, comédia com toques dramáticos estrelada por Audrey Hepburn que mostra a trajetória de um intelectual mais velho determinado a transformar uma jovem simples em uma dama refinada. “Mal sabem estes homens que estas garotas da nova época podem não ter por eles o respeito que esperavam”, avalia Forbes.

Monica diz que já ouviu claramente de um antigo conhecido: “Eu, como homem, não tenho coragem de encostar um dedo em você, porque tenho medo da sua reação. Você é uma mulher que sabe exatamente o que quer”. O que poderia ser um elogio à independência e determinação individual pode se tornar um pesadelo quando os homens não respondem ao desafio à altura. “A mulher em geral hoje diz o que quer, escolhe, não é mais apenas escolhida”, diz Marcia.

E, tendo aprendido a falar por si, talvez agora só falte à mulher ajustar a escuta. “Na prática, os homens ainda têm dificuldade de falar sobre tudo isso, de por as cartas na mesa. Principalmente porque nem sempre quem está do outro lado se mostra preparado para ouvi-los”, resume Luiz Cuschnir.

*Com reportagem de Ana Ribeiro e Clarissa Passos
** Nomes trocados a pedido das entrevistadas

Obrigado Delas e equipe pelos excelentes esclarecimentos.

Beijão para todas e até amanhã sempre com muito amor.

Ramep

Por

Iris de Queiroz

Projetos Sociais

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