quarta-feira, agosto 03, 2011

ABRINDO O PRÓPRIO SALÃO DE BELEZA!!


Olá pessoal do Elas São Des.

Para quem quer ganhar a vida cortando cabelos entre outros serviços de beleza, eu trouxe hoje um artigo de Kátia Simões, para quem acha que está na hora de abrir o próprio salão de beleza.

Acompanhem os detalhes.

Ganhar destaque em áreas concorridas, como a da estética e a da beleza, exige investimentos constantes tanto na qualidade e diversidade dos serviços, quanto em equipamentos e mão de obra. Na última década, o volume de dinheiro para financiamentos no Brasil aumentou, e os juros, grandes vilões da economia, ficaram mais camaradas. Assim, cresceu a procura por linhas de crédito, não só para abrir novos salões, como para reformar e reciclar estabelecimentos em operação. Especialistas observam, porém, que é preciso atenção para não transformar o sonho de alavancar um negócio em pesadelo. Jean Fernando Miranda, consultor do Sebrae-SP, diz que é quase impossível encontrar bancos que financiem todo o capital, pois não é função da instituição assumir o risco comercial do negócio. Isso porque o dinheiro que emprestam vem de depósitos que captam de seus clientes, que têm data para vencer e são remunerados a taxas de juros pré-definidas. Por isso, mesmo em fases difíceis, as parcelas e os juros do atraso serão cobrados.

Os consultores são unânimes em dizer que dívida boa é aquela que se pode pagar. Deve-se, portanto, comparar as taxas de juros com a expectativa de geração de caixa para aceitar o nível de endividamento. O ideal é que o percentual de comprometimento gire em torno de 20% do faturamento mensal, no caso de novos negócios. Antes de optar por uma ou outra linha de crédito, é preciso avaliar criteriosamente cada oferta, levando em conta os juros, as exigências e o tempo de liberação do dinheiro. Salões pequenos, com investimentos de R$ 10 mil, podem recorrer ao Banco do Povo. Os juros são apontados como os menores do mercado, na casa dos 0,7% ao mês. “Dos 29 mil empréstimos de 2010, 60% foram dirigidos aos informais, desses 15% ligados à área da beleza”, afirma Antonio Sebastião Teixeira, diretor executivo do Banco do Povo Paulista. “A maioria é para a manutenção e não para abertura de um novo.” Em 2010, o banco contou com R$ 107 milhões para financiamento. Em 2011, serão R$ 120 milhões, disponíveis para 447 municípios. A seguir, Miranda, do Sebrae-SP, e Teixeira, do Banco do Povo, respondem às principais dúvidas de quem está em busca de financiamento.

Quem pode pedir financiamento para abrir um salão?

Em tese, qualquer pessoa pode ter acesso a um financiamento. O que deve ser levado em conta são as exigências do agente financiador, prazos para liberação do empréstimo e as garantias pedidas. No caso do Banco do Povo, até mesmo os empreendedores informais e o microempreendedor individual podem ser contemplados.

Que documentos é preciso reunir para dar entrada no processo de crédito?

Se o empréstimo for solicitado por pessoa física, os bancos solicitam comprovante de renda, de residência, CPF, RG, além do plano de negócios. No caso de uma empresa já constituída, pede-se a documentação dos sócios, o contrato social, cartão CNPJ, declaração dos últimos faturamentos mensais, além de garantias que variam de acordo com a instituição.

Como os autônomos podem comprovar renda?

Cada instituição exige um tipo de comprovante. Mas, em geral, o autônomo pode apresentar a declaração do imposto de renda, extratos bancários e recolhimento do INSS.

É preciso ter avalista ou dar imóvel como garantia?

Como o número de linhas de crédito do mercado é grande, muitas delas não exigem garantias. Mas quando partimos para linhas com juros menores para investimentos de longo prazo, normalmente, o volume de exigências é maior. Se o empreendedor financia um bem, geralmente ele é a garantia da operação, mas também é muito comum a instituição exigir avalistas ou garantias reais como imóveis, por exemplo. Já o Banco do Povo não estabelece comprovação de renda e patrimônio. Basta que na primeira solicitação de empréstimo a pessoa apresente um avalista, que assinará documento assumindo que é capaz de pagar a dívida. Fiador e empreendedor, porém, não podem ter nome sujo na praça.

Como os juros são calculados?

Os dois métodos mais usados são a Tabela Price e o Sistema de Amortização Constante. Na Tabela Price, as parcelas são iguais, embora nas primeiras haja uma proporção maior de juros embutidos, que diminuem ao longo do tempo. No Sistema de Amortização Constante, o valor principal do empréstimo é dividido em parcelas, sendo que o valor das prestações é decrescente, já que os juros diminuem a cada mês.

Qual o melhor tipo de empréstimo?

Aquele com taxas baixas de juros e valores que o empreendedor possa suportar. Isso varia de acordo com o fluxo de caixa de sua empresa e a previsão no plano de negócios.

Em que prazo a dívida deve ser quitada?

Varia de caso para caso. É importante que esse prazo se enquadre no planejamento feito para a abertura do negócio. No caso do Banco do Povo, os empréstimos para pessoa física devem ser quitados em, no máximo, dois anos, e para pessoa jurídica em até três anos.

Se pagar com atraso, em quanto tempo o nome será enviado ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC)?

A maioria dos bancos inclui o nome nos cadastros de devedores a partir do 30º dia de atraso. Mas esse prazo pode variar de acordo com o credor.

O que acontece se não conseguir pagar?

O empresário ficará com restrição de crédito no mercado até regularizar a situação. Dependendo do contrato, pode perder bens e garantias oferecidas na transação.

Quem já tem um salão quitado pode pedir empréstimo para montar outro na mesma cidade?

Não há nenhum tipo de restrição para novo financiamento.

Quanto comprometer da renda?

O ideal é que as prestações não ultrapassem 20% do valor do faturamento bruto mensal do negócio. É importante planejar para saber o preço das parcelas que poderá suportar.

O que fazer para saber o momento de empreender?

Só o empreendedor pode responder a essa pergunta. Em primeiro lugar, ele precisa ver se adotará um perfil conservador ou arrojado. Se optar pelo primeiro, deve acumular recursos antes de recorrer a financiamentos. Quando tiver a maior parte da verba e um plano de negócios consistente, poderá financiar para completar o volume necessário para o projeto. No segundo caso, pode ir direto ao banco.

Como o empreendedor deve avaliar os prazos?

Em primeiro lugar, ele tem que saber se vai dar conta de cumprir com o pagamento durante todo aquele período e, principalmente, quais as reais chances de executar o plano de negócios conforme o previsto.

Boa sorte aos empreendedores da beleza

Elas São Des

Por

Iris de Queiroz

Coordenadora do Projeto

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