domingo, julho 06, 2014

ESSA DOR PASSA?


Olá pessoal da Ramep, bom domingo para vocês.

No nosso encontro de hoje abordaremos uma matéria excelente sobre separação conjugal e como lidar com a dor do término, do site M. De Mulher, por Sara Stoppazolli e conteúdo GLOSS.

Na oportunidade a autora afirma o fim de um relacionamento pode doer tanto quanto a morte de alguém querido e não existe receita certa para encarar esse difícil momento. Mas ele passa...

Vejamos os detalhes.

O sofrimento causado pelo fim de um relacionamento pode ser tão devastador quanto o da perda de um ente querido. É um luto marcado por cinco etapas: negação, barganha (tentativa de mudar as coisas), raiva, depressão e, por fim, aceitação. "Não somos ensinados a lidar com a dor", diz o psicanalista Hemir Barição, professor da PUC-SP. "Aprendemos com as experiências."

Trinta e dois anos depois da legalização do divórcio no Brasil, os números do Registro Civil comprovam que os casamentos se desfazem cada vez mais. Nos últimos 23 anos, a taxa de divórcios cresceu acima de 200% por aqui. Hoje, a cada quatro novas uniões, uma separação é registrada. Isso sem falar nos relacionamentos que passam ao largo das estatísticas.

Mesmo com tantos fracassos por aí, e com o verso "Que seja infinito enquanto dure", de Vinicius de Moraes, transformado em mantra amoroso, separar-se não se tornou menos difícil. "O que machuca não é só a perda de um companheiro, mas o medo de ficar sem todo um pacote: a vida social, a segurança financeira, entre outras coisas", diz o psicólogo Ailton Amélio da Silva, professor de relacionamento amoroso da Universidade de São Paulo (USP) que oferece em seu consultório tratamento para a dor de fim do amor.

PREPARANDO A SEPARAÇÃO

Assim como uma relação precisa ser construída, uma separação também. Não só do ponto de vista prático mas também emocionalmente. Despedir-se, digerir a ideia do nunca mais leva tempo. Mas, na melhor das hipóteses, é até possível viver esse drama em parceria.

A recepcionista Priscila Josefick, 22 anos, e o biomédico Danilo Inada, 23, formaram um casal por mais de quatro anos e, há um, conseguiram encerrar sua história do mesmo jeito que começaram: como amigos. "Foi uma decisão dos dois", diz Danilo. "O namoro começou a esfriar e se encontrar virou um fardo. Depois de quatro meses assim conversamos e tomamos a decisão", completa Priscila. Como frequentam a mesma turma, um mês depois os dois acabaram se encontrando. Sentiram-se confortáveis na presença um do outro e tiveram a certeza de que o fim... era mesmo o fim.

Quando a vontade de terminar surge de um lado só, o processo é mais penoso. Decidir pelo adeus às vezes é mais complicado e sofrido do que colocá-lo em prática. Esse processo não deveria ser solitário. A terapeuta de casais Maria Helena Matarazzo sugere tentar negociar queixas e mágoas com o parceiro com a ajuda de um especialista.

"Em geral ninguém sabe negociar, e conversar acaba piorando os desentendimentos", diz ela, lembrando que a iniciativa de terminar costuma partir muito mais das mulheres do que dos homens. "Elas se queixam de solidão no relacionamento. É bastante comum que esperem ser salvas pelo outro em vez de cuidar de si. Mudam de parceiro e continuam insatisfeitas." 

DANDO UM TEMPO

Além da terapia, o clássico "dar um tempo" pode ajudar a colocar as coisas em perspectiva. A psicóloga Marina Álvares, 28, adotou essa medida depois de um ano e meio morando junto com o engenheiro Rafael Gotti, 27. Marina reclamava que dedicava muito mais tempo à relação de quatro anos do que ele, o que causava muitas brigas. "A intenção era esfriar a cabeça e depois reatar melhor, mas não foi o que aconteceu", diz ela. "Na distância ficou claro que éramos mais amigos do que amantes."

Às vezes, é preciso muitas idas e vindas até acertar na decisão. Trata-se de esgotar as possibilidades, viver o relacionamento até a última gota. A publicitária Carolina Fantini, 21, e o designer Thiago Vavassori, 23, ficaram um ano ensaiando o término do romance de mais de seis anos, enfim decretado há cinco meses.

"Você conversa, briga, 'dá um tempo', volta, mas sempre continua na mesma, até o momento em que respira fundo e aceita que o sofrimento do término um dia vai acabar e que a vida continua", conta ela. "Quando as lembranças do passado são as que sustentam a vontade de ficar, em vez das do presente, não tem mais jeito." Sim, vai doer. Mas acredite: uma hora passa.

Um grande abraço para todas as amigas, gratíssima ao site M. de Mulher e envolvidos pelas excelentes explicações.

Ramep

Por

Iris de Queiroz

Projetos Sociais


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