Olá meninas, quinta feira
chegando, semana acabando e a vida precisa continuar linda.
Hoje vamos falar sobre gravidez
em idade de risco. A reportagem é de João Ortega - Agência USP, o crédito é do
site Delas, ao qual desde já sou muitíssimo grata.
Na oportunidade o texto
afirma que adiar a maternidade pode causar sofrimento à mulher. O assunto está
consubstanciado em uma Pesquisa do Instituto de Psicologia (IP) da USP que ouviu
mulheres que conseguiram ter filhos após os 35 anos.
O autor inicia que apesar
de avanços médicos e científicos, a tarefa de ter um filho ainda não é simples.
Vejamos os detalhes.
A idealização de uma vida
conjugal pode levar mulheres a decidirem pelo adiamento da maternidade, seja
por que não encontram o parceiro que imaginam ser perfeito para iniciar a
família ou pela ideia de que filhos podem atrapalhar a vida a dois no início da
relação. Entretanto, uma pesquisa do Instituto de Psicologia (IP) da USP
verificou que o adiamento pode ser fonte de diversas angústias para as
mulheres, visto que elas não têm total controle de quando conseguirão se tornar
mães.
O trabalho conduzido pela
psicóloga Maria Galrão Rios Lima, intitulado Um estudo sobre o adiamento da
maternidade em mulheres contemporâneas, entrevistou oito mulheres que, por
opção própria, decidiram ter filhos apenas após os 35 anos. Entre as
entrevistadas, quatro tiveram sucesso e outras quatro ainda estão no processo
de tentativas. O sofrimento vivenciado por aquelas que não conseguiram ser mães
vem da decepção e do sentimento de fracasso. “Existe hoje um discurso perigoso
de que a mulher pode tudo, e, pior, deve obter sucesso em todos os âmbitos de
sua vida”, mostra Maria. “Mas ninguém tem controle de quando vai ficar
grávida”.
Segundo a pesquisadora,
apesar de avanços médicos e científicos na área da inseminação artificial, por
exemplo, ainda não é simples a tarefa de ter um filho. “O controle nunca é
total”, ressalta. Além disso, os procedimentos que a medicina oferece,
normalmente, são muito invasivos. Por este motivo, inclusive, uma das
participantes da pesquisa desistiu de tentar por métodos não naturais.
Maria acredita que o
principal aspecto de sua pesquisa é a tentativa de quebrar a ideia de
onipotência nesse caso. “Não dá para ter filhos a qualquer momento”. Ela diz,
ainda, que o adiamento da maternidade não é uma patologia, um problema a ser
tratado. Porém, ele carrega um potencial de sofrimento para a mulher.
Mulheres
Em revisão da literatura
acadêmica sobre o tema, a psicóloga encontrou, na grande maioria, visões que
falavam sobre o foco na carreira que as mulheres estão tendo. Porém, em sua
tese de doutorado, orientada pela professora Isabel Cristina Gomes, não foi
este o discurso que predominou. Foram mais relatadas as procuras por uma vida
conjugal ideal e pela estabilidade financeira.
As mulheres ouvidas na
pesquisa se casaram, em média, na faixa dos 28 anos. O adiamento é recomendado
por aquelas que conseguiram ter filhos após os 35 anos. Segundo Maria, porém, a
idade mais avançada não equivale necessariamente a uma maior maturidade da
mulher. Os recursos psíquicos de cada participante, bem como a relação com a
própria família, é que mostraram-se determinantes na questão do adiamento da
maternidade.
Muitas daquelas que ainda
não conseguiram se tornar mães mostram ressentimentos em relação ao adiamento.
A sensação de impotência nessa situação se contrapõe, segundo a psicóloga, a
“uma idealização de que a mulher, nos dias atuais, pode e deve conseguir fazer
tudo: ter uma carreira, um bom casamento, viajar, comprar carro e apartamento e
depois ter um filho”.
Em geral, os maridos das
mulheres ouvidas na pesquisa são divorciados e mais velhos. Eles abraçam a
ideia de adiar a maternidade e “curtir a vida”. Porém, em dois dos casos, foi
por pressão do homem que a mulher, antes sem interesse de ser mãe, decidiu ter
filhos.
Um lindo dia para todas e
até amanhã com muito amor.
Elas São Des
Por
Iris de Queiroz
Projetos Sociais
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