Olá amigas da Ramep, feliz
segunda feira para vocês.
Nosso encontro hoje
refletirá sobre o fumo durante a gravidez que causa alterações no comportamento
das crianças.
O crédito é do site Minha
Vida por seus articulistas, onde se afirma que os filhos tendem a adotar
atitudes pouco aceitas socialmente, diz estudo.
Vamos ver os detalhes.
Diversos estudos já
mostraram os malefícios que o cigarro pode trazer durante a gravidez. Agora,
uma grande revisão feita pela Universidade de Leicester, na Inglaterra, mostrou
que as crianças cujas mães fumaram durante a gravidez podem ter um risco
aumentado de problemas de conduta, como dificuldade em seguir regras ou não
conseguir se comportar de maneira socialmente aceitável. O trabalho foi
publicado online dia 24 de julho da revista JAMA Psychiatry.
Os investigadores ingleses
analisaram dados de três estudos, a fim de avaliar o efeito que o fumo durante
a gravidez teve nas crianças. Para fazer a comparação, os autores interrogaram
os pais e professores sobre o comportamento das crianças ? questões como a
facilidade para entrar em brigas ou ter dificuldade em prestar atenção. A
análise também comparou crianças que foram criadas por mães adotivas e biológicas,
em um esforço para trazer à tona a influência da genética e da parentalidade,
em uma tentativa de estreitar a ligação entre o fumo pré-natal e o
comportamento. Os pesquisadores atribuíram pontuações ao comportamento das
crianças com uma média de 100, sendo que pontuações acima desse número indicam
mais problemas de conduta.
Os resultados mostraram
que os filhos das mães que não fumaram durante a gravidez tiveram pontuações em
torno de 99, em comparação com os 104 pontos das crianças cujas mães fumaram 10
ou mais cigarros por dia. Em todos os trabalhos analisados, houve uma ligação
significativa entre o fumo durante a gravidez e aumento do risco de problemas
de comportamento nas crianças.
Segundo os cientistas, a
pesquisa sugere uma associação entre o fumo durante a gravidez e problemas de
conduta da criança que não são totalmente explicados por fatores pós-parto,
como as práticas parentais. Eles afirmam que a explicação causal para a
associação entre o tabagismo na gravidez e problemas de conduta nas crianças
não é conhecida, mas pode incluir fatores genéticos e outros perigos ambientais
pré-natais, que podem ir além do simples hábito de fumar.
Doze motivos para parar de
fumar já!
Motivos não faltam para
extinguir o fumo da sua rotina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou
que o tabaco irá matar nada menos que seis milhões de pessoas somente em 2011,
sendo 600 mil fumantes passivos. Se esses números continuarem aumentando, a
estimativa é que, em 2030, oito milhões de pessoas morram por ano por conta
desse péssimo hábito. A epidemia do tabagismo matou 100 milhões de pessoas no
século XX, já que há mais de 50 doenças relacionadas a esse hábito, mas que
poderiam ser evitadas. Confira doze dos inúmeros malefícios de fumar:
Redução de olfato e
paladar
O fumo traz sérias
alterações na boca e no nariz. "Os agentes químicos presentes no cigarro
atuam como irritantes da mucosa bucal, o que resseca e aumenta a camada de
queratina", explica a nutricionista Thais Souza, da Rede Mundo Verde. Ela
explica que o fumo promove alterações nas papilas gustativas, o que impede que
o fumante sinta o real sabor dos alimentos.
Além disso, o cigarro é
prejudicial para a mucosa olfativa, já que seu efeito térmico pode levar a
lesões que alteram o olfato.
Doenças gastrointestinais
A digestão já fica
prejudicada por conta das alterações no paladar. Para completar o desastre, a
nicotina no sistema digestivo provoca a diminuição da contração do estômago e
provoca irritação. O uso contínuo do cigarro enfraquece o músculo que impede o refluxo,
o que aumenta o contato de ácido gástrico com a mucosa esofágica. O tabaco
ainda facilita a infecção por bactérias causadoras da úlcera gástrica.
Rugas e pele envelhecida
Além dos dentes amarelados
e do mau hálito, a pele tende a envelhecer mais rápido nos fumantes.
"Existem alguns estudos feitos com gêmeos, em que somente um tinha o
hábito de fumar, que comprovaram que aquele que fumava poderia aparentar até
oito anos a mais que o irmão", conta o cirurgião plástico Gerson Luiz
Julio.
Isso acontece porque a
pele diminui a produção de colágeno e perde brilho e elasticidade. De acordo
com Gerson, o aparecimento precoce de rugas também é provável, o que deixa a
pele com um aspecto pardo ou amarelado. "Outra característica que os
fumantes normalmente expõem na face são as populares manchas", completa o
profissional.
Problemas de visão
Segundo dados do Instituto
Nacional do Câncer, INCA, os fumantes apresentam um risco duas vezes maior de
catarata e de duas a três vezes maior de desenvolver a degeneração macular
relacionada à idade.
O oftalmologista Virgilio
Centurion, diretor do Instituto de Moléstias Oculares, conta que os efeitos
maléficos do tabagismo também estão associados à queda das pálpebras.
"Isso pode provocar uma diminuição do campo visual e o aparecimento da
oftalmopatia de Graves, doença que apresenta como sintomas retração palpebral,
edema palpebral, lacrimejamento, fotofobia, sensação de corpo estranho, entre
outros", afirma o profissional.
Anulação dos efeitos
benéficos de beber com moderação
A comprovação vem de um
estudo da Universidade de Cambridge (Inglaterra) com 22 mil participantes. De
acordo com os cientistas, beber com moderação (de três a 14 doses por semana)
diminui as chances de um AVC, ou seja, uma redução de 37% no risco de acidente
vascular cerebral.
No entanto, os fumantes
que consumiam uma quantidade similar de álcool não apresentavam tal declínio em
suas chances para o curso. Vale lembrar também que já era comprovado que
pessoas que fumam têm um risco 64% maior de ter um acidente vascular cerebral
do que aquelas que nunca fumaram.
Câncer de boca
De acordo com o diretor do
Departamento de Estomatologia do Hospital do Câncer, Fábio de Abreu Alves, 95%
dos pacientes com câncer de boca fumam. O motivo é a composição do cigarro:
"Ele é produzido por cerca de 4.700 substâncias tóxicas, sendo 60
cancerígenas", diz o especialista. Esse emaranhado de elementos nocivos
presentes no tabagismo ainda é responsável por diversos outros tipos de câncer,
principalmente nas vias aéreas, como laringe, esôfago e pulmão.
O dentista Marcelo
Kyrillos, da clínica odontológica Ateliê Oral, também explica que a nicotina
desestrutura a parte óssea da boca e danifica a estética vermelha natural da gengiva.
O esmalte dos dentes é atingido pelo alcatrão. Ela penetra no esmalte
superficial e causa o escurecimento deles.
Doença Pulmonar Obstrutiva
Crônica
O tabagismo é a principal
causa da DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), complicação definida pela
presença de obstrução progressiva do fluxo aéreo. "O perigo de desenvolver
DPOC em um grupo de fumantes de dois maços de cigarros por dia é
aproximadamente 4,5 vezes maior que para os não-fumantes", conta a
fisioterapeuta Adriana Marques Battagin, especialista em fisioterapia
cardiorrespiratória.
Ela explica que o impacto
da DPOC sobre o indivíduo portador não se dá somente na limitação física para a
execução das atividades da vida diária, mas também nas relações afetivas,
conjugais, sexuais, no lazer e no exercício profissional. Em decorrência da
limitação física, muitos doentes tornam-se amplamente dependentes de seus
familiares, despertando um sentimento de incapacidade e contribuindo para a
diminuição de sua auto-estima e a alteração de humor.
Alteração das funções dos
genes
A exposição à fumaça de
cigarro altera a formação das células por conta do comprometimento da função de
alguns genes, segundo um estudo realzado pela Southwest Foundation for
Biomedical Research, nos Estados Unidos.
Os cientistas analisaram
1.200 pessoas e identificaram 323 genes que sofrem alterações na hora de
converter informações genéticas em funções celulares por causa da fumaça do
cigarro. Essas alterações têm grande influência negativa no sistema imunológico
e um forte envolvimento no processo de morte das células e desenvolvimento de
câncer.
Doenças neurológicas
Cientistas do National
Brain Research Center, da Índia, descobriram uma ligação direta existente entre
tabagismo e danos cerebrais. Um composto do cigarro, chamado NNK, desencadeia
uma resposta exagerada do cérebro a partir de células imunes no sistema nervoso
central.
Os glóbulos brancos, que
normalmente eliminam células danificadas, passam a atacar células saudáveis,
resultando em graves danos neurológicos. De acordo com os pesquisadores, a
substância é considerada pró-cancerígena, o que significa que pode causar
câncer quando é modificada por processos metabólicos do corpo, além de
desencadear distúrbios como a esclerose múltipla.
Problemas no coração
A complicação
cardiovascular decorrente do cigarro afeta até mesmo o fumante passivo.
Pesquisadores do Departamento de Cardiologia do Erasme Hospital e a Univesité
Libre de Bruxelles, na Bélgica, comprovaram que respirar as substâncias do
cigarro afetam várias funções do sistema vascular arterial - e mesmo quando já
não há mais fumaça no ar.
O tabagismo - tanto ativo
quanto passivo - provoca elasticidade do sistema vascular. O presidente da
Sociedade Brasileira de Hipertensão, Fernando Nobre, alerta: "Essa
elasticidade traz danos para a manutenção de uma pressão arterial saudável,
além de poder evoluir para outros problemas, como o AVC".
Infertilidade em mulheres
e homens
O ginecologista Assumpto
Iaconelli Júnior conta que, nas mulheres, o tabagismo pode causar: antecipação
da menopausa, aumento de irregularidades menstruais, alterações hormonais,
menor qualidade dos óvulos e embriões e dificuldade de implantação do óvulo.
"Observamos na nossa
clínica, que realiza tratamentos de fertilização in vitro, que mulheres que
fumam têm menor taxa de sucesso e precisam do dobro de tentativas, em média, em
relação às não tabagistas, para conseguir uma gestação", completa o
especialista.
Já nos homens, o cigarro
afeta a formação e diminui a mobilidade dos espermatozóides, piora o potencial
de fertilização e aumenta o estresse oxidativo (radicais livres).
Complicações na
maternidade
Gravidez definitivamente
não combina com cigarro. "Abortos espontâneos, nascimentos prematuros,
bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a
placenta e episódios de hemorragia ocorrem mais frequentemente quando a mulher
grávida fuma", afirma o ginecologista Aléssio Calil Mathias.
Segundo dados do INCA, um
único cigarro fumado por uma gestante é capaz de acelerar, em poucos minutos,
os batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre o seu
aparelho cardiovascular.
Um estudo da Universidade
de York, no Reino Unido, também aponta que mulheres que fumam na gravidez têm
maior risco de ter filhos hiperativos e com problemas de atenção na escola.
E não é só: o pneumologista
Sergio Ricardo Santos, presidente da Comissão de Tabagismo da Sociedade
Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), ainda dá o alerta de que bebês que
convivem diretamente com fumantes têm maiores chances de morrer sem nenhuma
causa aparente, a chamada Síndrome da Morte Súbita Infantil.
Beijão para todas as
amigas e até amanhã.
Ramep
Por
Iris de Queiroz
Projetos Sociais
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