Oi amigas queridas da
Ramep, saúde para vocês, neste dia lindo.
Hoje nossa reflexão é
sobre a disciplinada vida do freelancer. Para quem ainda não sabe freelancer é
aquela pessoa que trabalha livre, sem vínculos empregatícios e ganha por
serviço realizado.
O crédito é de Livia Valim
e Bianca Iaconelli, especial para o iG.
A autora diz que quem não
quer mais a rotina de um escritório precisa saber fazer seu próprio horário e
administrar bem a conta bancária.
Vamos aprender com ela?
A ilustradora Juliana
Fusco trabalhou em agência, mas prefere um ambiente mais tranquilo: "Sinto
que em casa posso me dedicar mais à minha arte".
Quem trabalha em
escritório certamente já sentiu, em algum momento, uma ponta de vontade de
poder realizar suas tarefas no conforto do seu lar. É justamente esse, na
maioria das vezes, o ambiente de trabalho do freelancer - que nada mais é do
que a pessoa que recebe por trabalho realizado sem manter vínculo formal com
uma empresa.
Além de trabalhar em casa,
passar mais tempo com os filhos, não precisar enfrentar trânsito todos os dias
e ir à academia sempre que aparece aquela folga inesperada na agenda são alguns
itens da longa lista de vantagens de ser freelancer.
Liberdade e
responsabilidade
O problema é que com a
liberdade que o freelancer tem em sua vida cotidiana pode vir a falta de
preparo para usá-la com responsabilidade. O profissional que trabalha em casa
não tem uma empresa para definir seus horários e aqui entra a disciplina tão
necessária para quem opta por escolher sua carga de trabalho. “Trabalhar e
fazer com que tudo dê certo em um ambiente que normalmente é usado para
descanso e lazer e onde as distrações e interrupções são inúmeras é um desafio
enorme, torna o profissional bem mais focado”, conta a arquiteta Marília
Esposito, 27 anos, que adotou esse esquema de trabalho há seis anos
“No começo a gente se
perde um pouco, acorda tarde, troca o almoço pelo café da manhã. Mas logo você
percebe que precisa se organizar ou não dará conta de tudo, porque não tem
ninguém te cobrando. Procuro manter meus horários sempre iguais, acordo todos
os dias na mesma hora, mesmo que não tenha trabalho. O único horário que não
tem é o de parar, porque os prazos são sempre curtos. Mas me policio para isso
não virar rotina”, conta a ilustradora Juliana Fusco, de 28 anos, apaixonada
pela vida de freelancer há um ano e meio. “Já trabalhei em agência e não me dei
bem, sinto que em casa posso me dedicar mais à minha arte e sozinha me
concentro melhor”.
Essa é outra
característica fundamental de quem encara essa rotina: gostar de estar sozinho.
“É uma característica que nem todo mundo tem. A maioria das pessoas gosta de
viver em grupo e necessita da companhia do chefe e de alguns colegas, mesmo que
reclame deles. O trabalho em casa é solitário, não há com quem desabafar,
trocar ideias, bater papo. Conheço pessoas que desistiram de trabalhar em casa
exatamente pela falta dessa companhia”, conta o consultor de carreiras Max
Gehringer.
O “estar sozinho” inclui o
espaço físico da casa também. O mais indicado é que haja um local específico
onde o profissional possa trabalhar sem ser interrompido com muita freqüência.
“Para quem mora com outras pessoas, principalmente, essa divisão deve ser bem
feita. Todos devem entender isso, começando por você. Senão fica fácil perder o
foco”, diz o consultor em administração de tempo Christian Barbosa.
Dinheiro e carreira
Muita gente que adere ao
esquema freelancers sente falta da estabilidade financeira e dos benefícios
trabalhistas, como férias remuneradas e décimo terceiro salário, que só os
empregados formais têm. É justamente a vida financeira uma dos pontos mais
delicados da vida de um freelancer. Altos e baixos são uma realidade constante
e o sucesso depende do equilíbrio entre eles. Diferente dos empregados, o
dinheiro no final do mês não é garantido. A quantidade de trabalho pode variar
a cada período e é preciso atenção para não passar nenhum aperto. “O mais
importante é ter um dinheirinho de reserva sempre”, sugere Juliana. A dica de
quem vive isso diariamente é: sempre fazer as contas reservando primeiro e
gastando depois.
Além da incerteza
financeira, outros desafios rondam a rotina do freelancer. Não ter uma
oportunidade clara de crescimento profissional é um deles. Para muitas pessoas
isso pode ser sinônimo de fracasso profissional. Mas essa não é visão mais
otimista: “O freelancer já começa no topo do organograma, só tem o quadradinho
dele lá. O faturamento, por exemplo, é uma boa medida do reconhecimento
alcançado”, diz Max.
O presidente da Associação
Brasileira de Coaching, Vilella da Matta acrescenta que nada impede o
profissional freelancer de crescer: “É possível progredir também contratando
mais pessoas para a equipe. Trabalhar forma terceirizada para empresar grandes
também pode ser uma oportunidade de crescimento para quem escolhe ser
freelancer”.
Um beijão no coração de
todo mundo e até amanhã.
Ramep
Por
Iris de Queiroz
Projetos Sociais
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