"PODERÃO ESTAR PRECISANDO DE TRATAMENTO?" |
Olá
amigas do meu blog, saúde para todas, nesta linda terça feira de janeiro
andante.
Hoje
vamos falar de bem estar emocional através do artigo do site Minha Vida, onde
se publicou que quando os gastos excessivos, os gastadores poderão estar
precisando de tratamento.
O
crédito é do Dr. Hewdy Lobo (CREMESP 114681). Ele é especialista do Minha Vida.
Médico psiquiatra da infância e adolescência, forense, psicogeriatra e
psicoterapeuta com titulações pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
É co-editor do Tratado de Saúde Mental da Mulher e psiquiatra no ProMulher do
Instituto de Psiquiatria da USP.
O
especialista afirma que a desorganização financeira pode estar ligada a doenças
psicológicas.
Vejamos
os detalhes.
As
compras e gastos exagerados podem ocorrer por causa da deficiência no
planejamento financeiro ou por doença mental. É comum nos consultórios de
profissionais de saúde pacientes com sofrimentos pessoais e familiares
relacionados ao endividamento, ou mesmo inclusão do nome em serviços de
proteção ao crédito. O tratamento ou apoio psicológico é importante para que
essa pessoa enfrente adequadamente suas questões pessoais, prevenindo novas
fases de desgaste psíquico e a negociação exaustiva com instituições de
crédito.
Felizmente,
para a maioria absoluta dos casos de indivíduos com comportamento de gastos
exagerados, a causa do problema é a falta de educação financeira voltada para o
uso racional e planejado do dinheiro recebido, seja por remuneração,
rendimentos financeiros, doação ou herança. Nesses casos, o melhor a fazer é
encaminhar o paciente para uma escola ou profissional que atue com educação
financeira pessoal, ou então para departamentos de instituições financeiras que
apresentem apoio para este perfil de clientes. Quando o problema é orientação e
a pessoa se dispõe a pesquisar e aprender com profissionais qualificados no
tema, os resultados costumam ser rápidos, permanentes e efetivos.
No
entanto, os gastos exagerados podem estar relacionados a doenças mentais, como
ansiedade, depressão, transtorno bipolar e compra compulsiva ou impulsiva.
Logicamente, essa é uma condição mais difícil de ser tratada, mas não
impossível, sendo importante o apoio familiar e a atuação profissional
adequada, tanto de educadores financeiros como de psiquiatras e psicólogos.
Entenda as relações mais comuns entre compra compulsiva e outras doenças e
quais as formas de tratamento:
PIORANDO AINDA MAIS ... |
Dependência
química
A
dependência química de substâncias lícitas como o álcool ou de drogas ilícitas
como cocaína e crack pode resultar em dificuldades funcionais que levam a
perdas financeiras graves - isso porque um dos critérios da dependência é a
dificuldade de controle das finanças e do uso das substâncias. Não é incomum
também situações nas quais a pessoa com problemas relacionados a dinheiro
inicie um vício para aliviar a angústia, piorando ainda mais o problema. A boa
notícia é que neste caso há possibilidade de tratamento profissional com
equipes multiprofissionais, constituídas por psicólogos, psiquiatras e outros profissionais.
Transtorno
bipolar
Outro
problema que pode repercutir nos gastos é o transtorno afetivo bipolar, pois o
portador deste distúrbio comporta-se com exageros variados sem condições de
controle pelo bom senso, incluindo compras exageradas de mercadorias e serviços
sem utilidade ou então a aquisição de várias unidades do mesmo produto. Neste
caso, o descontrole tende a ser restrito a fase aguda da doença, que é
periódica e pode ser tratada adequadamente com medicamentos ou internação,
dependendo da gravidade.
Viciados
em jogo
O
caso dos jogadores compulsivos é um grande desafio, porque apesar de gastarem
muito tempo e dinheiro com jogos mesmo diante de grandes perdas, é comum a
insistência nas apostas em função da idéia distorcida e persistente que em
breve ele irá recuperar tudo. Nesses casos, são frequentes os relatos em que
todos os bens da família foram perdidos ou colocados como garantia de
empréstimos. Esse quadro psíquico também possui tratamento, apesar de
geralmente existir muita dificuldade do indivíduo em se aceitar doente e
procurar ajuda psiquiátrica. Muitas vezes as repercussões da justiça levam a
necessidade de procura do médico psiquiatra forense para esclarecer as relações
entre o adoecimento mental e as repercussões financeiras de endividamento.
Compra
compulsiva
Outro
sofrimento psíquico que tem como característica principal o gasto exagerado com
repercussões em várias esferas da vida é a compra compulsiva. Nesse caso há um
conjunto de critérios diagnósticos, ainda sem causa claramente estabelecida,
que leva aos procedimentos de aquisição de serviços e bens repetidamente, sem
necessidade real e sem planejamento financeiro. Mesmo sem tratamento
específico, há um conjunto de estratégias terapêuticas usadas por psicólogos e
psiquiatras para conter este problema com bons resultados, desde que haja
adesão do paciente e apoio permanente da família.
Quando
procurar ajuda?
Embora
a maioria das pessoas com comprometimento da vida financeira não sofra de
doença psíquica, mas sim da falta de orientação financeira, é importante
procurar um psicólogo ou psiquiatra sempre que os gastos excessivos estiverem
atrapalhando o andamento da vida pessoal. Para os casos de adoecimento mental,
existem grupos de apoio, como Alcoólicos Anônimos e Jogadores Compulsivos
Anônimos. No entanto, ainda sim é importante o tratamento também com
profissionais de saúde. Em casos mais graves a correção do comportamento é mais
demorada, com necessidade de vários profissionais de saúde, ou pelo menos do
psiquiatra e do psicólogo.
É
importante frisar que para qualquer tipo de gasto inadequado e causador de
danos pessoais e familiares há possibilidades reais de reversão, desde que haja
humildade e permissão do indivíduo para a busca adequada de tratamento. Quando
se tratam de gastos excessivos com repercussões financeiras e judiciais, fica
pertinente ao juiz nomear peritos como psiquiatras e psicólogos forenses, ou
então aos advogados das partes envolvidas contratarem assistentes técnicos
psiquiatras e psicólogos forenses, para melhor avaliar a relação entre a
sanidade mental do indivíduo e as repercussões judiciais. Quando a prova
técnica mostra que o endividamento foi uma consequência de prejuízo da saúde mental,
é mais fácil negociar uma solução entre endividado e credor ou vendedor, que
não considerou o adoecimento do comprador ou indivíduo que contraiu
empréstimos.
Então
que ninguém se engane, doenças emocionais podem surgir em qualquer pessoa e em
qualquer tempo, por isso vamos nos cuidar.
Beijão
para todas e até amanhã.
Elas São Des
Por
Iris de Queiroz
Projetos Sociais
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