Olá
amigas do Elas São Des Blog, eu as saúdo com votos de uma sexta feira radiante em
todos os sentidos.
Hoje
nosso encontro celebra o artigo do site Minha Vida, escrito por: Claudia Chang –
Endocrinologia, onde se questiona:o excesso de peso aumenta ou diminui a
longevidade?
A
autora nos notifica que um novo estudo deixa dúvidas sobre a relação entre
obesidade e risco de morte.
Vejamos
os detalhes.
Foi
publicado recentemente um estudo importante na revista médica Journal of the
American Medical Association (JAMA) que demonstrou um índice de mortalidade
menor em indivíduos com sobrepeso do que em pessoas que possuem um índice de
massa corporal normal (IMC). Trata-se de uma revisão sistemática (quando são
analisados todos os estudos publicados com um assunto específico) que, embora
tenha sido publicada em uma revista médica conceituada, possui alguns pontos
que devem ser levados em consideração.
Pontos
positivos da pesquisa
Na
pesquisa, foi incluído um número muito grande de trabalhos, originalmente 4142
artigos, dos quais restaram apenas 97, após serem analisados critérios rígidos
de inclusão e exclusão.
Pelo
grande volume de trabalhos incluídos, houve avaliação do risco de mortalidade
em um número significativo de indivíduos (mais de 2 milhões).
Pontos
negativos
Foi
utilizada a análise de índice de massa corporal (IMC - medida internacional
usada para calcular se uma pessoa está no peso ideal, determinado pela divisão
da massa do indivíduo pelo quadrado de sua altura). Alguns trabalhos incluídos
no estudo foram realizados com base no peso e na altura informados pelo
indivíduo pesquisado e não constatados por um médico, o que pode ter
influenciado os resultados. Mulheres jovens, por exemplo, tendem a informar um peso
menor e altura maior e muitos idosos não possuem a percepção correta de seu
peso e altura com o passar do tempo.
"O
risco cardiovascular de mortalidade relacionado ao peso existe, principalmente,
com a presença de gordura visceral."
Apesar
de ter havido análise de risco de mortalidade por todas as causas, não houve
foco no risco de mortalidade cardiovascular. Ou seja: qualquer causa de óbito
foi relacionada com o peso, mesmo que não houvesse relação. Por exemplo: uma
morte decorrente de um quadro de infarto do coração é muito diferente de uma
morte por acidente de carro. Isso pode, de certa forma, ter influenciado nos
resultados do estudo.
Também
não foi feita a análise de composição corporal (quantidade de massa de gordura
e massa muscular, realizada por métodos específicos) ou circunferência
abdominal, sendo que o risco cardiovascular de mortalidade relacionado ao peso
existe, principalmente, com a presença de gordura visceral.
Um
indivíduo com sobrepeso pode ter um percentual baixo de gordura com grande
quantidade de massa magra (músculo). Na balança, ele tem sobrepeso (IMC entre
25 e 30), mas sua composição corporal é excelente. Uma ferramenta importante
que temos usado no consultório é a análise da composição corporal por métodos
como a bioimpedância, por exemplo. Consiste em um aparelho (como se fosse uma
balança) que emite uma onda e que, por diferença de condução da corrente
emitida, consegue definir qual é o percentual de gordura e o de massa magra de
cada pessoa.
Por
último, a pesquisa englobou o mundo todo, mas 78 dos 97 estudos foram feitos
somente na América do Norte e na Europa, tendo havido uma pequena amostragem de
descendência asiática.
A
"qualidade" do peso
Por
essas razões, é preciso ter cautela na interpretação dos dados. Uma das
hipóteses do estudo é que um pouco de excesso de tecido adiposo poderia
proporcionar reservas de energia para ajudar no combate a determinadas doenças.
Outro ponto a favor seria o fato de que pessoas com mais peso tendem a buscar
tratamento médico com mais frequência.
O
que o estudo concluiu foi que houve uma menor mortalidade por todas as causas
em indivíduos que apresentavam IMC de sobrepeso, mas é preciso questionar o IMC
como índice isolado para avaliação de risco, o que não tem sido feito na
prática clínica.
De
uma forma geral, os endocrinologistas avaliam muito mais a
"qualidade" do peso (quanto há de massa gorda e massa magra) do que o
valor (somente o número do peso da balança) como parâmetro isolado. Embora mais
pesquisas devam ser feitas, podemos afirmar que quanto maior o grau de
obesidade, maior o risco de mortalidade por várias causas - e não apenas a
causa cardiovascular.
Um
beijão para todas as empreendedoras com votos de um excelente final de semana com equilíbrio e
saúde.
Elas São Des
Por
Iris de Queiroz
Projetos Sociais
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