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"VOCÊ GOSTA MAIS DO MEU IRMÃO..." |
Olá meninas do Elas São Des, excelente quarta feira para vocês.
Sabe
aquela coisa que se diz que não se deve ter preferências pelos filhos e que
todos devem ser amados igualmente? Pois bem, pesquisas revelam que os pais têm
predileção por um dos filhos e ninguém precisa se sentir culpado por isso.
Entenda por que isto é normal e crie relações mais harmoniosas em casa.
O
crédito e reportagem é de Rosane Queiroz, edição: MdeMulher com conteúdo do
site MÁXIMA.
Vejamos
os detalhes.
"Você
gosta mais do meu irmão do que de mim!" Quem nasceu numa família grande
certamente já disse - ou ouviu - essa frase. Se existem várias crianças em
casa, vira e mexe o assunto delicado vem à tona.
Pai
e mãe, para evitar conflitos, insistem em repetir: "A gente ama os filhos
igualmente". Mas será possível gostar da mesma maneira de crianças tão
diferentes umas das outras? "Cada filho é concebido num momento específico
da vida do casal", diz a psiquiatra Vera Zimmermann. Essa diversidade de
situações, de acordo com a especialista, faz com que cada rebento ocupe um
lugar também diferenciado, pois ele representa a fase vivenciada. Um exemplo? A
notícia da gravidez durante uma crise no casamento vai gerar projeções
específicas na criança, enquanto a concepção num período de harmonia do casal
criará outra atmosfera. "Isso não significa que uma será melhor que a
outra, mas apenas diferente", defende Vera.
Moral
da história: não se culpe por "gostar mais" de determinado filho nem
fique triste se o seu irmão é o queridinho da sua mãe. Para alívio de muitos
pais e filhos, pesquisas têm mostrado que é natural existir um favorito na
prole.
O
que diz a ciência
Na
Universidade da Califórnia (EUA), estudiosos observaram, por três anos, as
relações de 384 pares de irmãos e os pais deles. Constatou-se que 65% das mães
e 70% dos pais pendiam para um dos filhos. Para a psicóloga americana Judith
Rich Harris, estudiosa do tema e autora de Não Há Dois Iguais (Ed. Globo), a
razão do favoritismo está relacionada a semelhanças e afinidades. "Uma
criança pode ser mais atraente do que outra por se parecer fisicamente com o
pai ou com a mãe ou pelo comportamento", afirma. É o caso da caçula que é
"a cara do pai" ou da mais velha que puxou "o temperamento da
mamãe". "Um filho acorda bem-humorado de manhã, outro tem mais
energia à noite; uma filha gosta de acompanhar os pais em reuniões de família,
outra adora compras. Essas variações de perfil explicam a maior empatia entre
um dos pais e uma das crianças, o que os leva a fazer mais programas
juntos", diz a psicopedagoga Lia Rosenberg (SP). No entanto, as
características físicas e psíquicas também podem gerar reações negativas - caso
do filho parecido com um avô que não é lá muito simpático. No entanto, isso não
significa que os pais não vão amar aquela criança. "Todos são amados, mas
a relação é diferente com cada um. Se essa ideia for transmitida com
tranquilidade, os filhos não se sentirão rejeitados", sublinha a psiquiatra
Vera.
Os
opostos se atraem
Muitas
vezes, o que gera a predileção não é a semelhança, mas o oposto - os pais
admiram na criança a característica que não possuem, mas adorariam ter. O
curioso é que desde pequenos os filhos percebem que os pais estabelecem vínculos
diferentes entre eles. E isso nem sempre incomoda, como defende a pesquisadora
Laurie Kramer, da Universidade de Illinois (EUA). Ela descobriu que essa
percepção só vira um problema quando não existe razão aparente para a
preferência.
A
ordem de nascimento dos filhos também conta. A pesquisadora Catherine Salmon*
revela que os pais dão menos atenção à criança do meio. "A cena só muda
quando ela é do sexo oposto aos demais", diz. A psicóloga Débora Ganc (SP)
concorda com os papéis diferenciados. "O primogênito dá mais e o caçula
recebe mais. Por isso, às vezes o mais velho é recompensado com privilégios e o
mais novo assume responsabilidades para com a velhice dos pais", acredita.
X
da questão
Os
pais podem preferir um filho a outro por questões de afinidade, porque acham
nele características que gostariam de ter ou ainda pelo momento do casal quando
a criança foi concebida. No entanto, isso não significa falta de amor pelos
filhos que não são os prediletos.
Um
excelente dia para vocês com muito carinho.
Elas São Des
Por
Iris de Queiroz
Projetos Sociais