Olá moçada da Ramep, saúde, paz e
prosperidade.
Hoje nosso assunto é uma
matéria muito interessante de Verônica Mambrini, iG São Paulo, site Delas, onde
se publicou que as mulheres com sobrepeso têm mais dificuldade de subir na
carreira. Será?
A autora afirma que conseguir
um emprego, crescer na carreira e receber aumentos é mais difícil para as
gordinhas.
Vamos ver os detalhes.
Se as regras oficiais
ditadas pelo mercado de trabalho são rígidas, as não escritas podem ser cruéis,
sobretudo com as mulheres.
É o que indica uma pesquisa da Universidade de East
Lansing, em Michigan, nos Estados Unidos. Ao avaliar os índices de massa
corpórea dos executivos da listagem dos maiores CEOs, publicada anualmente pela
revista de negócios Forbes, o estudo concluiu que obesos de ambos os sexos
estão subrepresentados na liderança de empresas quando comparado à fatia que
ocupam na população.
Mas quando se fala de sobrepeso – a faixa em que as
gordurinhas já são mais abundantes do que os médicos gostariam, mas ainda não
são suficientes para classificar alguém como obeso -, as mulheres ocupam muito
menos vagas de destaque do que os homens.
Arquivo pessoal
Camila Rodrigues, 22 anos,
mandou mais de 100 currículos até ser aceita em uma vaga em vendas
O efeito “teto de vidro”
representa o momento em que um determinado profissional não consegue avançar na
carreira, embora tenha qualificação profissional.
Uma mulher estar acima do
peso pode ser um dos causadores desse fenômeno, sugere o estudo de Mark
Roehling, professor associado do departamento de recursos humanos da
Universidade de Michigan. “Ser obeso limita oportunidades para ambos os
gêneros, mas ter apenas sobrepeso só prejudica as mulheres, e pode até
beneficiar homens em cargos de liderança”, afirma.
Quando se fala de CEOs
obesos, homens e mulheres têm representação idêntica: 5%. Na faixa de sobrepeso,
no entanto, abre-se um abismo: enquanto até 61% dos homens na mesma posição têm
excesso de peso, o índice estimado de mulheres não passa de 22%.
De quebra, a obesidade
também pesa a mais na conta bancária feminina. Se homens acumulam US$2.646 em
despesas extras anuais por ser obeso, para as mulheres, esse valor é de
US$4.879, de acordo com um estudo recém-divulgado da Universidade George
Washington, nos Estados Unidos. Boa parte dessa diferença é devido aos salários
e compensações das mulheres obesas, bem menores em relação ao colega de
trabalho homem que não é obeso. O valor inclui ainda perdas com despesas
médicas e custos indiretos, como salários perdidos e redução de produtividade
no trabalho.
Para a colunista de
negócios e carreira do Delas, Marlene Ortega, a imagem pesa muito na hora da
seleção. “É como se uma mulher acima do peso não tivesse entendido as mensagens
não verbais que a sociedade passa para ela”, diz Ortega, que critica a
associação de peso a competência. “No ambiente corporativo, nós devemos
procurar competências, que são internas.”
Driblando o preconceito
A tendência é que o “teto
de vidro” se espalhe também em outros patamares de carreira, não apenas entre
altos executivos. A vendedora Camila Rodrigues precisou driblar vários
departamentos de RH para trabalhar com o público, que é o que gosta.
“Eu
distribuí mais de 100 currículos em shoppings no Rio de Janeiro. Fiz
entrevistas, workshops... e nada.” A resposta era sempre de que estava
inadequada para a vaga, muitas vezes depois de ter de preencher uma ficha com
medidas de peso, busto, quadril e altura. Até que passou na seleção de uma loja
de produtos para banho, há três anos. “Estou com 90kg para 1,65m e feliz com
meu trabalho. Sei da minha capacidade e competência”, afirma.
Construir uma imagem
corporativa ideal pode passar por atalhos. A consultora de imagem Maria do
Carmo Marini orienta suas clientes no sentido de se adequarem aos códigos da
empresa.
“Trabalho para as pessoas se adaptarem a empresa onde elas pretendem
crescer”, afirma. “Muita gente chega com essa queixa do peso.
Perder peso é
muito difícil, então eu lido com fazer as pessoas se sentirem melhor,
trabalhando a escolha de roupas e sapatos”.
Para ela, o importante é evitar uma
mensagem de desleixo com a aparência, valorizando pontos fortes. “Meus
principais clientes são mulheres, porque elas sofrem mais a pressão de provar
que são boas e competentes para a função”.
Um beijão para todas e até
amanhã.
Ramep
Por
Iris de Queiroz
Projetos Sociais
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