Olá garotas da Ramep é com
muita satisfação que eu as saúdo neste domingo, onde trago do site Pensou
Mulher Pensou Abril, e conteúdo MdeMulher, onde se publicou que nós Mulheres
brasileiras estudamos mais e ganhamos menos que homens.
Estudo Conte com Elas mostra
que, quanto mais preparadas, maior é a defasagem salarial em relação aos pares
do sexo oposto. O artigo diz que a realidade mostra que existe mais estudo,
mais preparação, mais conquistas e menos reconhecimento salarial.
Vejamos os detalhes.
As mulheres brasileiras
hoje estudam mais que os homens, mais que as gerações passadas e representam
60% dos graduados brasileiros, segundo dados da PNAD, a Pesquisa Nacional por
Amostragem de Domicílios. Além disso, são donas de 51,1% dos diplomas de
pós-graduação. O quadro é uma resposta ao mercado de trabalho reconhecidamente
masculino. E, apesar de serem mais bem preparadas, continuam menos valorizadas
que seus pares do sexo oposto. Este cenário é um dos resultados do estudo Conte
com Elas, realizado pelo Pensou Mulher Pensou Abril, área da Abril Mídia que
nasceu como movimento Habla e tem o propósito de identificar tendências do
comportamento feminino.
José Eustáquio Diniz, do
IBGE, observa que as brasileiras contornaram a dificuldade de entrar no mercado
de trabalho aumentando o nível de qualificação e se preparando melhor para
concursos. O problema é que, quanto mais elas estudam, maior é a defasagem salarial
- chegam a receber 30% menos que um homem com igual formação acadêmica. Na
Alemanha, por exemplo, a diferença é de 22%, como apresenta pesquisa da empresa
britânica Mercer.
Dupla jornada
Em média, a brasileira
trabalha 39,9 horas semanais fora de casa, no escritório, e outras 23,2 horas,
cuidando da casa e da família. O Censo 2010 aponta que 38,7% das casas
brasileiras são chefiadas (bancadas) por mulheres. Há 15 anos, eram 25%. Ou
seja, as mulheres estudam mais, trabalham mais, têm mais responsabilidades,
cada vez menos tempo e ganham menos que os homens no País. Ainda assim, não
estão descontentes. É que a brasileira é a mais otimista do mundo, como mostra
pesquisa do Centro de Políticas Sociais da FGV, com microdados do Gallup World
Poll.
Enquanto as
"irmãs" mundo afora avaliam a felicidade futura em 6.7 (numa escala
de 0 a 10), as daqui dão nota 8.6, sendo que as mais jovens acreditam que o
futuro será 8.98 no quesito felicidade. Mais: atualmente 95% das brasileiras
são fiéis ao empregador e 58% planejam permanecer no mesmo emprego, no mínimo,
pelos próximos três anos, conforme dados do estudo A Luta por Talentos
Femininos no Brasil, do Center Work-Life Policy, dos EUA. Porém, isso não quer
dizer que elas estão bem colocadas nas empresas. No Brasil, quanto maior a
empresa, menor é a oportunidade da mulher preparada ocupar um cargo de chefia
(presidência ou diretoria). Em empresas com até 50 funcionários, 26,54% das
mulheres conquistam a presidência e 26,15% a diretoria. Se há mais de 1,5 mil
funcionários, os números são 5,93% e 18,72%, respectivamente.
Para o consultor Reinaldo
Bulgarelli, esses dados resumem as características masculina, masculinizada e
masculinizante do mercado de trabalho, o que ele chama de MMM. "As
mulheres tiram a licença maternidade e se preocupam em como vão ser vistas
depois, nessa estrutura MMM. O ideal é que a questão de ser homem ou mulher
seja desimportante", defende. Mas ainda não é. No mundo todo, as mulheres
são minoria em cargos e menos remuneradas que os homens. José Eustáquio Diniz,
do IBGE, destaca que há esforços para reverter esse cenário. O Fórum
de Davos faz uma campanha junto a empresas para aumentarem a quantidade de
mulheres na direção. Existe todo um movimento para aumentar esta participação, conta.
Conte com elas
De fato, o tema da
valorização dos gêneros no mercado de trabalho (gender gap) é cada vez mais
recorrente. Assim como o desejo da mulher por empreender. A geração Y tem sede
por ser dona de seu próprio negócio e tempo. A estilista Teca e a jornalista
Bia (entrevistadas do estudo Conte Com Elas) são bons exemplos dessa parcela.
Enquanto Bia decidiu investir em conhecimento para capitalizá-lo junto com o
tempo, Teca optou por ter a própria marca de roupas. As duas vivem em São
Paulo, onde as mulheres representavam 24% das donas de empresas em 2000.
Em 2020, essa porcentagem
promete ser maior que 40%, conforme projeção do Sebrae. Dez anos adiante, em
2030, o pais terá 6 milhões de mulheres a mais que homens - a maioria com
idades entre 35 e 59 anos, segundo o IBGE. E elas estarão cada vez mais
preparadas para o mercado de trabalho, uma vez que a tendência do investimento
em estudo promete se intensificar, como
diz José Eustáquio Diniz. Resta saber se o mercado estará preparado para elas.
Meninas vamos mudar essa
realidade de estudar mais e ganhar menos, nos qualificando e empreendendo por
conta própria.
Beijão para todas e até
amanhã.
Ramep
Por
Iris de Queiroz
Projetos Sociais
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