segunda-feira, outubro 20, 2014

O PODER DA BETERRABA


Oi gente, bom dia.

Hoje nós arrasamos com este artigo de Valéria Gooulart – nutróloga do site Minha Vida, onde se diz que a nossa tão conhecida beterraba ajuda a combater o câncer e hipertensão.

É verdade, a especialista garante que a  raiz é rica betaniacina e nitratos, mas deve ser consumida com moderação, por ser rica em carboidratos.

Vamos ver os detalhes.

Valéria Gooulart – nutróloga
A beterraba é uma raiz que possui sabor adocicado e é rica em fibras, carboidratos, fonte de ferro, cobre, magnésio, manganês, cálcio, potássio, nitratos, vitamina A, vitamina C, vitamina E, vitamina K, antioxidantes importantes como carotenoides e licopeno.

O pigmento que dá a beterraba sua cor roxo-avermelhado é a betacianina, e é um poderoso agente de combate ao câncer, principalmente contra câncer de cólon, de acordo com diversos estudos. Os glóbulos sanguíneos absorvem a betacianina e podem aumentar a capacidade de transporte de oxigênio em até 400%. Possui também um fitonutriente chamado proantocianidinas que é anticancerígeno.

As beterrabas são excelentes fontes de vitaminas do complexo B, tais como B1, B2, B5, B6 e B9. Esta última, chamada também de ácido fólico, é importantíssima para a mulher grávida para o desenvolvimento normal da coluna vertebral da criança.

E o suco de beterraba é muito alcalino que o torna eficaz no tratamento da acidose. Beber regularmente o suco pode ajudar a aliviar a constipação.
Essa raiz também é rica em fitoesteróis, que são substâncias vegetais não produzidas pelo organismo humano. A fibra de beterraba vermelha promove a redução do colesterol em 30 a 40%.

Além disso, a beterraba possui nitratos, substâncias que produzem no sangue um tipo um gás conhecido como óxido nítrico, que dilata os vasos sanguíneos e as artérias e reduz a pressão arterial. Por isso, um estudo britânico da Universidade Rainha Mary, em Londres, publicado no jornal Hypertension da American Heart Association, constatou que um copo de 250 militros de suco de beterraba por dia é suficiente para diminuir em 7% a pressão arterial. Ou seja, essa raiz é aliada de quem tem hipertensão.
E o açúcar?

O açúcar da beterraba depois de pronto é quimicamente idêntico do açúcar da cana, cada um com uma composição de 100% sucrose (sacarose). O açúcar de beterraba é utilizado principalmente no norte da Europa, e o açúcar da cana de açúcar é usado pela grande maioria do mundo. Para ter uma distinção entre eles na Europa, é adicionado cerca de 1 a 3% de melaço ao açúcar de cana branco para lhe dar uma cor acastanhada.

Uma pessoa com diabetes deve ter uma alimentação bem balanceada e se estiver com a glicemia controlada pode usar a beterraba crua ou cozida na salada (1 pires dos de chá no máximo por refeição).

Como consumir a beterraba

De acordo com um estudo britânico da Universidade Rainha Mary, em Londres, citado anteriormente, um copo por dia e/ou a ingestão de uma beterraba pequena diária é o suficiente para ter todos os benefícios da beterraba. O ideal é consumi-la crua ou cozida e de preferência com a casca, que conserva melhores os nutrientes.

É muito importante fazer a escolha adequada da beterraba. Prefira com tamanho pequeno e médio pois são mais macias e saborosas. Observe se a casca está lisa e sem manchas ou rachaduras e se tiver folhas, estas devem ser de cores homogêneas e brilhantes, pois seu consumo é recomendado devido ao alto teor de nutrientes.

As beterrabas cruas tem uma substancia importante chamada betaína que, segundo estudos, diminui a substâncias inflamatórias no nosso corpo, auxiliando na redução de diversas doenças e envelhecimento.

Mas a beterraba pode ser consumida em geral nas saladas, sucos, omeletes, cozida no feijão, entre outros.

Beterraba é aliada de quem pratica exercícios
Ingerir suco de beterraba auxilia a aumentar a resistência física e permite que atletas, principalmente em provas de resistência como corrida e ciclismo, consigam exercitar por até 16% de tempo a mais, de acordo com um estudo realizado pela University of Exeter, do reino Unido.

O suco de beterraba contém alto teor de nitrito, que é transformada em nitrato (nitração) e a mesma se modifica para óxido nítrico (NO2). O óxido nítrico, como já foi citado, é responsável de fazer um relaxamento da musculatura da parede dos vasos sanguíneos, resultando em uma vasodilatação e aumento do fluxo de sangue, diminuindo a pressão arterial, aumentando a absorção de nutrientes nos músculos do corpo. Isso resultará em aumento de massa magra, aumento de força (devido maior velocidade da contração da fibra muscular) e uma melhor recuperação muscular após o exercício com um incremento a mais de resistência física.

No pré-treino prefira ingerir o suco (que leva uma beterraba pequena ou média com água) até 60 minutos antes do treino, tempo suficiente para ter o aumento da perfusão sanguínea.

Há também o suco rosa, que é a combinação de laranja com beterraba crua, resultado de um estudo publicado no Journal of Applied Physiology pelo professor Andy Jones. Este estudo demonstra que a mistura melhora em até 10% o desempenho físico, e ainda ajuda na recuperação muscular. A grande vedete deste suco é a beterraba que é uma excelente fonte de óxido nítrico, que promove a dilatação dos vasos sanguíneos, melhorando a absorção de micronutrientes no organismo. A laranja por sua vez, além de ser rica em vitamina C, tem a função de combater os radicais livres que são gerados com os exercícios físicos.

Novamente eu agradeço de coração ao site Minha Vida e a Dra Valéria Gooulart – nutróloga, pelos excelentes esclarecimentos.

Um beijo no coração das amigas, muito obrigada pela atenção e até amanhã com muito amor.


Ramep´
Por
Iris de Queiroz
Projetos Sociais

sábado, outubro 18, 2014

DISTORCENDO VOCÊ!!



Olha essa pessoal!

Colhi graciosamente do site Delas/por BBC, esta matéria onde se questiona se as As redes sociais estão mudando a nossa percepção do corpo.

Segundo a matéria, uma campanha britânica alerta para a pressão que sofremos sobre autoestima quando comparamos imagens e número de 'amigos' em sites como Facebook.

Vejamos na íntegra.

Excesso de amigos no Facebook deixa adolescentes expostos a abusos
Quando se fala em vida moderna e em razões que levam a falta de confiança e insegurança em relação à própria imagem, rapidamente se aponta o dedo para revistas femininas e a TV.

Mas, para alguns especialistas, as redes sociais também podem influenciar a forma como vemos o corpo e instituir modelos a serem seguidos.

A britânica Kelsey Hibber relatou à BBC que mantinha poucos amigos no Facebook nos tempos de escola secundária pois ela sabia que iriam implicar com ela.

"Sempre fui alta e sempre fui um pouco rechonchuda também. Ninguém parecia notar durante a escola primária, mas, no sétimo ano, todos começaram a apontar, notar coisas, me fazendo pensar que eu era feia e não era especial", disse.

Ela ficou cada vez mais consciente de pequenos detalhes, como o formato das sobrancelhas e o tamanho da testa.

Kelsey conta que sofreu bullying entre os 11 e 16 anos, uma experiência que ela descreve como "horrível". "Era sempre sobre o meu corpo e minha aparência."
Com isso, ela mudou a cor do cabelo e parou de comer, para emagrecer e tentar se encaixar nos padrões que as pessoas exigiam.

Agora, aos 20 anos, Kelsey dirige um programa de mentores na Grã-Bretanha chamado Loud Education, que visita escolas para conversar com estudantes e aconselhar professores a lidar com o tema.

Segundo Kelsey, as redes sociais deixam adolescentes expostos. "Você mostra o seu melhor e isto pode ser meio perigoso, pois você, naturalmente, se compara com os outros", disse.

Imagens compartilhadas

Facebook, Twitter, Instagram e vários aplicativos de mensagens como o WhatsApp estão entre as principais ferramentas usadas por adolescentes para se comunicar.

Nunca se soube tanto da vida e aparência dos outros, graças à postagem e ao compartilhamento de imagens.

O assunto causa grande preocupação no país. Em 2012, parlamentares recomendaram que todos os estudantes participassem de aulas obrigatórias sobre autoestima e imagem corporal.

Uma comissão parlamentar constatou que meninas de até cinco anos de idade já se preocupam com peso e aparência.

Adultos também não estão imunes a este tipo de pressão. Segundo pesquisas realizadas na Grã-Bretanha cerca de 60% do público sente vergonha da própria aparência.

Outro sintoma do problema, segundo um relatório da comissão, foi o aumento das taxas de cirurgia plástica no país, de cerca de 20% desde 2008.

Visitas a escolas

A deputada Caroline Nokes participa de um grupo parlamentar que, junto com várias instituições de caridade, empresas e órgãos públicos, está lançando uma campanha para mudar a atitudes em relação à imagem corporal.

Ela visitou escolas e conversou com estudantes de 12 e 13 anos sobre como a mídia altera imagens para "melhorar" aparências.

A parlamentar afirma que os estudantes entenderam bem o processo, pois passam por experiências semelhantes nas mídias sociais.

"Peço para eles fecharem os olhos e, todos os que melhoraram uma imagem no Facebook, levantem a mão", disse Nokes.

Segundo ela, geralmente todos levantam a mão e uma estudante chegou a dizer que alterava todas as fotos que compartilhava.

Para Nokes, as redes sociais têm um impacto enorme na confiança dos jovens pois elas não podem ser ignoradas.
"Eles (os jovens) podem tomar a decisão de não olhar revistas ou ver TV, mas as redes sociais são a forma primária de comunicação deles e seu principal canal com o mundo exterior", disse.

"Eles estão vendo o mundo através de um filtro, e isto não é saudável."

A parlamentar quer fazer com que os adolescentes se sintam mais confiantes. "É muito importante que tentemos incutir a confiança para que eles sejam eles mesmos", acrescentou.
Facilidade para alterar fotos em aplicativos como Instagram gera conceitos distorcidos.

Outro objetivo de Nokes é educar os jovens para que eles sejam mais cínicos em relação às imagens que costumam ver e admirar, além de trabalhar com empresas para estimulá-las a ser mais responsáveis com suas propagandas.

Ansiedade

Phillippa Diedrichs, pesquisadora do Centro para Pesquisa em Aparência da Universidade do Oeste da Inglaterra, também vê uma ligação entre redes sociais e a preocupação com a aparência.

"Quanto mais tempo se passa no Facebook, maior a probabilidade das pessoas se enxergarem como objetos", disse.

Ela explica que há uma tendência a procurar interações sociais negativas nestes fóruns e também a pedir para as pessoas comentarem sobre a aparência, o que pode levar à ansiedade.

As pessoas que usam as redes sociais também tendem a cultivar um personagem, segundo a pesquisadora.

Na opinião de Diedrichs, a resposta à esta ansiedade em relação ao próprio corpo é defender uma diversidade maior na mídia, pois não há apenas uma forma de ser saudável e não há uma aparência ideal.
Kelsey concorda. Ela reconstruiu a própria confiança ao se transformar em voluntária no YMCA aos 15 anos de idade. Quando ela foi para a universidade, começou a redescobrir quem era e se sentir confortável com o próprio corpo.

Agora, ela planeja trabalhar com propaganda. "Quero chegar lá e mudar a regra, mudar as percepções para melhor. As pessoas são sistematicamente alimentadas (com imagens distorcidas) então por que não alimentá-las com coisas positivas?", disse.

Um beijão para as amigas e até amanhã.


Ramep
Por
Iris de Queiroz
Projetos Sociais

quinta-feira, outubro 16, 2014

CUIDADO COM O PESO!!


Olá meninas lindas da Ramep, bom dia, saúde e paz.

Hoje nosso encontro apresenta do site Minha Vida através do especialista Filippo Pedrinola ENDOCRINOLOGIA.

Esta matéria interessantíssima sobre a menopausa e emagrecimento, onde se afirma que a diminuição do metabolismo dificulta perda de peso. Será?
Entendamos, pois como a alimentação pode influenciar na menopausa e  quais alimentos precisamos priorizar nessa fase.

Filippo Pedrinola
ENDOCRINOLOGIA.
Segundo o autor a menopausa é causada pela queda na produção ovariana dos hormônios estrogênio e progesterona. É a transição que encerra os anos férteis e representa uma nova experiência individual para a mulher. Esse declínio hormonal pode levar, em maior ou menor grau, a mudanças nos níveis de energia, memória, saúde dos ossos, perda de massa muscular, na saúde do coração e alterações emocionais.

Uma boa alimentação e pequenas mudanças no estilo de vida podem ajudar muito na manutenção da boa saúde e bem-estar nessa nova fase.

A melhor recomendação de dieta possível é aquela que vai de encontro às demandas do corpo na menopausa. Mulheres ocidentais e orientais costumam ter experiências bem diferentes na menopausa e acredita-se que seja consequência dos hábitos alimentares influenciados pelos costumes e culturas diferentes.

As mulheres na menopausa têm mais dificuldades para emagrecer devido à diminuição do metabolismo, que acontece principalmente por causa da perda gradual de massa muscular. Além disso, as variações hormonais típicas desse período podem levar a alterações emocionais com consequentes mudanças no padrão alimentar, já que comer não é só um ato físico, mas muito emocional.

Cuidados com a alimentação incluem ingerir alimentos ricos em fitoestrogênios, que são substâncias naturais semelhantes aos hormônios e estão presentes na soja e seus derivados, assim como na linhaça, ajudando a amenizar os sintomas da menopausa. Os principais fitoestrogênios são as isoflavonas conhecidas como genisteína e daidzeína.

Outra substância útil é o ácido gama linoleico (GLA), um ácido graxo encontrado em óleos vegetais como o de prímula e boragem, que auxiliam a regular o balanço hormonal e dar suporte à saúde na menopausa. Ajudam nesse processo os minerais zinco e magnésio e as vitaminas C, B6 e niacina.

Com a queda dos níveis de estrogênios durante a menopausa, os ossos podem se tornar mais frágeis, levando à osteopenia e osteoporose, portanto, é importante aumentar a ingestão de cálcio (leite, iogurte, queijos, peixes, vegetais como brócolis, nozes e sementes) para dar suporte à densidade óssea. 

Para assegurar que o cálcio seja absorvido é importante combinar com alimentos ricos em fósforo como amendoim, carne, queijos, cebola e alho, em combinações com fontes de vitamina D (óleo de peixe, lentilhas, ovos e arroz integral). O magnésio é outro mineral que facilita a absorção do cálcio e é encontrado em peixes, nozes, cereais, grãos, sementes e vegetais.

Procure ingerir mais fibras presente nas frutas, vegetais e grãos integrais, que ajudam a melhorar a constipação e balancear os níveis de colesterol.

Evite alimentos com açúcar e processados, que podem conter muito sal e açúcar, contribuindo para desequilíbrios do açúcar no sangue e ganho de peso.

Evite beber café, chá preto e refrigerantes, que podem interferir na absorção de cálcio e aumentar os "fogachos".
Fazer exercícios regularmente, musculação (dois dias na semana) e aeróbica (pelo menos 3 dias na semana) pode ajudar em vários aspectos: controlar o apetite, melhorar a digestão, controlar o peso, contribuir para a saúde dos ossos além de poderoso e positivo efeito sobre as emoções, a saúde mental e vida amorosa.

Procure tomar sol para estimular a produção de vitamina D pela pele, pelo menos 15 minutos ao dia, antes das nove horas ou depois das quinze horas para evitar os raios UV.

A prática de técnicas de relaxamento como respiração profunda, meditação e yoga também podem dar uma força para combater os sintomas da menopausa.
Um beijo no coração das amigas e até amanhã com muito carinho.


Ramep
Por
Iris de Queiroz
Projetos Sociais

terça-feira, outubro 14, 2014

QUEM PROPÕE O QUE PARA NÓS!!

 
Olá meninas, bom dia para vocês.

Está se aproximando as eleições do segundo turno para o poder maior do País e para facilitar a vocês uma reflexão sobre o candidato dito certo, eu trouxe de Manuela Pagan, já conhecida nossa, essa matéria muito elucidativa sobre a violência doméstica contra mulher e as propostas de Dilma e Aécio sobre o tema
Vamos ver na íntegra.

Não é por acaso que o combate à violência contra a mulher é um dos temas mais discutidos pelos candidatos à Presidência. De acordo com o estudo ‘Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil’, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mais de 50 mil mulheres foram assassinadas entre os anos de 2001 a 2011, o que equivale a, aproximadamente, 5 mil mortes por ano.

Acredita-se que grande parte destes óbitos foi causada por violência doméstica e familiar contra a mulher, uma vez que aproximadamente um terço deles teve o domicílio como local de ocorrência. Mas você sabe quais são as propostas dos candidatos Dilma Rousseff e Aécio Neves frente a este cenário?

Violência contra mulher: o que é?

De acordo com a Lei 11.340 de agosto de 2006, também chamada de Lei Maria da Penha, a violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer “ação ou omissão que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”. Portanto, ofensas verbais e físicas são classificadas como violência e devem ser julgadas sob essa denominação.

Lei Maria da Penha

A Lei Maria da Penha aumentou o rigor das punições às agressões contra a mulher ocorridas no âmbito doméstico ou familiar.  Entre suas resoluções, ela possibilita que o agressor seja preso em flagrante ou tenha sua prisão preventiva declarada, impede penas alternativas (como pagamento de multas ou realização de trabalhos sociais, por exemplo) e aumenta o tempo máximo de detenção de um para três anos. Além disso, ela prevê a saída do agressor de casa e proíbe que ele se aproxime da mulher e dos filhos.

Apesar das resoluções mais rígidas, de acordo com estudo do Ipea, não houve redução das taxas anuais de mortalidade quando comparados os períodos anterior e posterior à sanção da lei. O quadro é uma clara indicação de que é necessário que algo mais seja feito para reverter esses números.

Propostas de governo de Dilma Rousseff para combater a violência contra a mulher

De acordo com a assessoria da candidata à reeleição, a tolerância zero em relação à violência contra mulheres é uma prioridade do governo Dilma e continuará sendo o foco do seu segundo mandato.

Entre as ações planejadas, está a construção de 26 Casas da Mulher Brasileira, que vão congregar todos os serviços necessários para o enfrentamento à violência de gênero em parceria com o sistema judiciário, sistema de segurança pública, ministérios públicos, defensorias, apoios psicossocial e para emprego e renda com capacitações e linhas de crédito orientadas.

Até o final de 2014, devem ser inauguradas três Casas da Mulher Brasileira: em Campo Grande, Brasília e Vitória. A meta para o próximo mandato é inaugurar as Casas em todos os Estados e ampliar e consolidar a Rede de Atendimento às mulheres nessa situação de violência em todos os municípios pólos (cidades do interior que se destacam em suas regiões) do Brasil.

Outra medida planejada é a transformação do Ligue 180 em Disque 180, com o objetivo de dar mais rapidez às denuncias das mulheres.

Propostas de governo de Aécio Neves para combater a violência contra a mulher

O plano de governo do candidato Aécio Neves prevê, como compromissos, o enfrentamento decisivo da questão da violência doméstica, aprimorando a legislação para proteger mulheres e crianças, e a consolidação da Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher como um programa de Estado e não de governo. Para isso, suas propostas são:

- Promoção do atendimento integral à mulher e à criança vítimas de violência doméstica;

- Programa Mulheres Protegidas para ampliar as possibilidades de proteção às mulheres que denunciam a violência doméstica e não podem voltar para casa, para perto do agressor;

- Benefício de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica, família e comunitária;

- Instituir pelo SUS tratamento de correção estética, incluindo cirurgias plásticas para as mulheres vítimas de deformações oriundas de violência doméstica, familiar e comunitária.

O que fazer se você for vítima de violência doméstica
Antes de qualquer coisa, busque abrigo longe do agressor. Em seguida, ligue para 180, o número da central de atendimento à mulher da Secretaria de Políticas para as Mulheres, ou vá à delegacia de defesa da mulher mais próxima de você. Lá você poderá ser encaminhada para fazer exames ou receber acompanhamento jurídico.

Um beijão no coração de todas as amigas e até amanhã com muito amor.


Ramep
Por
Iris de Queiroz
Projetos Sociais

domingo, outubro 12, 2014

CUIDADO COM O PESO


Olá minha gente, feliz domingo para vocês.

Nosso encontro hoje apresenta uma matéria do site Minha Vida por Carolina Serpejante, já conhecida e querida por todas nós, onde se alerta sobre a obesidade, que entre outras coisas ruins, favorece enxaqueca e até câncer.
A ideia aqui não é estragar o dia das amigas e sim alertar a todas para que tomem muito cuidado com suas lindas vidas.

Vejamos na íntegra.

No Dia Mundial de Combate à Obesidade (11 de outubro) os dados inéditos do Ministério da Saúde são alarmantes. Pela primeira vez, o percentual de pessoas com excesso de peso supera mais da metade da população brasileira. A pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) mostra que 51% da população (acima de 18 anos) está acima do peso ideal. O estudo também revela que a obesidade cresceu no país, atingindo o percentual de 17% da população. Se compararmos com o ano de 2006, no qual o índice era de 11%, perceberemos que o aumento foi significativo.

Apesar da obesidade e do sobrepeso serem epidemias desse porte no Brasil, a população ainda não considera o excesso de peso uma doença. Um trabalho desenvolvido pela farmacêutica Allergan em parceria com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), a Associação Nacional de Assistência ao Diabético (ANAD) e a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SBED) entrevistou mil indivíduos em diferentes estados e descobriu que 55% da amostragem não acreditava que a obesidade fosse uma doença. Além disso, 93,5% dos entrevistados não sabia seu próprio.

Índice de Massa Corpórea (IMC (Descubra seu peso ideal) ), sendo que 64% se enquadravam na faixa da obesidade. Mais do que uma doença grave, a obesidade é um problema que pode favorecer diversas outras condições em nosso organismo. "O quadro pode prejudicar a saúde de uma forma global e em vários sistemas no corpo", afirma o endocrinologista Isaac Benchimol, do Conselho Empresarial de Medicina e Saúde da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Ainda não está convencido? Veja como essa doença pode afetar todo o funcionamento do seu corpo:


Coração em alerta!

Quanto mais elevado é o nosso peso, mais esforço o coração precisa fazer para bombear sangue e deixar tudo funcionando plenamente. Isso sobrecarrega o órgão, que terá que bater mais rápido do que o ideal. "O tecido adiposo é um grande produtor de substâncias inflamatórias - e os adipócitos (células de estoque da gordura) aumentam em número e volume com a obesidade", afirma o endocrinologista Isaac Benchimol, do Conselho Empresarial de Medicina e Saúde da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Ele explica que o organismo se cansa de corrigir o erro alimentar e o sedentarismo, e vai progressivamente lançando de volta na circulação o colesterol e os triglicerídeos que não conseguiu armazenar no fígado e tecido adiposo. Essa gordura em excesso no sangue pode formar placas e entupir as artérias, causando um infarto  ou AVC. Esse estado inflamatório também pode favorecer a oxidação do colesterol bom (HDL), que se transformará em colesterol  ruim (LDL). Todo esse cenário favorece doenças como hipertensão, angina, insuficiência cardíaca, entre outros.

Metabolismo alterado

Quando ganhamos peso, há o aumento do tecido adiposo em dois compartimentos importantes: o visceral (abdominal) e o subcutâneo. "Quando o adipócito está cheio de gordura, existe a produção de substâncias inflamatórias que geram uma cadeia de desequilíbrio no nosso corpo", afirma a endocrinologista Andressa Heimbecher, de São Paulo. Isso causa o aumento dos níveis de colesterol ruim e triglicerídeos, aumento de gordura no fígado, diabetes tipo 2, elevação da pressão arterial, do risco de aterosclerose  e consequentemente de doenças cardíacas e cerebrovasculares. "O acúmulo de gordura abdominal é o mais danoso, porque estimula mais a produção dessas substâncias inflamatórias."

Quando o adipócito está com sua capacidade de estoque cheia, ocorre também um depósito de gordura no fígado, conhecido como a esteatose hepática. "Neste contexto, há aumento dos níveis de ácidos graxos livres circulantes, que geram um efeito no pâncreas chamado de lipotoxicidade - a gordura circulante é tóxica ao funcionamento das células beta do pâncreas", diz Andressa. 

Ocorre também um excesso de ácidos graxos circulantes nas células musculares, impedindo a entrada de glicose estimulada pela insulina, gerando a resistência insulínica. "Nesse cenário, vai ficando cada vez mais difícil para as células absorverem glicose, acarretando no aumento de ácidos graxos livres e substâncias inflamatórias, gerando um ciclo vicioso." Esse mau funcionamento das células beta do pâncreas, que causa a resistência insulínica, pode agravar e se transformas em diabetes tipo 2.

Quanto mais a pessoa ganha peso, maior é o depósito de gordura acontecendo no tecido adiposo e no fígado. O fígado é o nosso órgão de processamento do colesterol, e se ele não funciona de maneira adequada nossos níveis de colesterol e triglicérides aumentam. "Além disso, quando existe a resistência insulínica, as células dos músculos e tecido adiposo passam a não absorver glicose e a usar gordura quando precisam de energia", afirma a endocrinologista Andressa. Apesar de isso parecer bom, a quebra de gordura em vez de glicose na obesidade aumenta mais ainda a liberação de ácidos graxos no sangue e consequentemente de colesterol ruim e triglicérides.

Digestão prejudicada

 "A doença do refluxo gastroesofágico tem, em muitos casos, uma ligação direta com a obesidade", alerta a gastroenterologista Fernanda de Oliveira, do Hospital Santa Luzia, em Brasília. Ela explica que o aumento da gordura abdominal causa a elevação da pressão dentro do estômago, o que leva ao retorno do conteúdo gástrico para o esôfago - causando assim o refluxo. "Os pacientes com obesidade também têm uma incidência maior de Hérnia de Hiato (deslocamento do estômago para o tórax), que também é uma alteração anatômica que pode levar à Doença do Refluxo", afirma.

A obesidade também aumenta o risco de pedras na vesícula devido ao desequilíbrio de alguns elementos no sangue que influenciam na formação da bile. "A bile é produzida pelo fígado e armazenada na vesícula, e consiste em uma mistura de várias substâncias, dentre elas o colesterol, que é responsável pela maioria dos casos de formação de cálculos na vesícula", conta a especialista. Desta forma, quando o colesterol ruim (LDL) está alto e o colesterol bom (HDL) está baixo temos um maior risco de aparecimento de pedras na vesícula, justamente pela alteração deste elemento na bile.

A obesidade também é um fator de risco para pancreatite. Os casos de pancreatite relacionados à obesidade ocorrem principalmente pela formação de cálculos na vesícula que migram para o pâncreas - mas também podem acontecer pela elevação dos triglicerídeos. A maioria dos pacientes com obesidade também tem um acúmulo de gordura no fígado. "O grande risco da gordura no fígado é o aparecimento da esteatose hepatite, que é destruição das células do fígado pela presença de gordura", explica a gastroenterologista. A persistência deste quadro por muitos anos pode levar a cirrose hepática e por isso deve ser acompanhada. "O emagrecimento é fundamental nesses casos."

Fertilidade em perigo

Quanto maior é o tecido adiposo, maior é a concentração de estrona, um tipo de estrógeno, no sangue. "Isso irá estimular o endométrio (parte de dentro do útero, que descama nas menstruações) e aumentar o fluxo menstrual", demonstra a ginecologista Renata Di Sessa, do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Ao mesmo tempo, com o aumento do estrógeno, o estímulo para os ovários irá diminuir, não havendo ovulação, o que impede a menstruação. Assim, a mulher demora a menstruar e, quando acontece, é em grande quantidade. "A dificuldade de obter a ovulação também pode favorecer um quadro de infertilidade", alerta a especialista. Já o aumento dos triglicerídeos e a instalação do quadro inflamatório no organismo pode favorecer a infecção urinária de repetição e a candidíase de repetição, ou seja, que sempre voltam a aparecer. "Essas últimas também estão fortemente associadas ao diabetes e pré-diabetes, que tem como fator de risco a obesidade."

No homem, a obesidade com IMC acima de 40 pode interferir na produção de uma enzima chamada aromatase, responsável por transformar a testosterona em estradiol, um hormônio feminino que, quando em grande quantidade no homem, pode interferir na produção de espermatozoide e diminuir sua contagem. Com o aumento acentuado de peso, a aromatase passa a ser produzida em maior quantidade, transformando mais testosterona em estradiol e interferindo na fertilidade. 

Mais visitas ao banheiro

A obesidade é, atualmente, um reconhecido fator de risco para a incontinência urinária. "O excesso de peso provoca um aumento da pressão sobre a bexiga e assoalho pélvico, favorecendo as perdas urinárias", explica a fisioterapeuta especializada em uroginecologia Luciana Lopes, da Clínica Da Matta Fisio, em Belo Horizonte. A obesidade também pode ocasionar o enfraquecimento da musculatura da pelve e dos ligamentos que sustentam a uretra, levando à perda involuntária da urina quando são feitos esforços físicos, como tossir.

Efeitos visíveis na pele

Nossa pele também não fica livre dos efeitos da obesidade. "O ganho de peso altera a função da barreira cutânea, o funcionamentos das glândulas sebáceas e sudoríparas, a estrutura e função do colágeno, a cicatrização de feridas, vasos sanguíneos e gordura subcutânea", explica a dermatologista Carolina Marçon, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Segundo a especialista, a função de barreira nada mais é do que regular a perda de água por meio da pele. "Em pacientes com obesidade a pele apresenta-se extremamente ressecada, sem água, e a cicatrização de feridas fica comprometida", diz. 

Em contrapartida, na obesidade também ocorre uma superprodução de sebos e suor, resultado de uma alteração nos níveis de insulina e hormônio do crescimento. "Essas duas substância passam a ser produzidas em maior quantidade no obeso, o que leva a um aumento secundário da secreção sebácea, já que receptores celulares relacionados à produção de sebo são estimulados por esses hormônios, com consequente piora do quadro de acne", alerta a dermatologista. Os quilos extras causam, ainda, a diminuição de uma substância chamada globulina, essa responsável por transportar esteroides sexuais (hormônios sexuais) - seu nome específico é SHGB. 

"Essa globulina é recrutada perifericamente pela gordura acumulada no corpo, levando a um aumento da testosterona livre, que estimula o aumento da oleosidade da pele, agravando a acne e o hirsutismo (aumento dos pelos no corpo) ", completa a especialista. Esse aumento da testosterona circulante no corpo e conjunto com a resistência à insulina também pode causar a acantose nigricante, que é o problema de pele mais comum na obesidade. "O excesso do hormônio leva ao escurecimento das axilas, virilhas e de outras áreas onde existam dobras."

Além do aumento da produção de sebo, que favorece a acne, a pessoa com obesidade tem um aumento da secreção de suor pelas glândulas sudoríparas. "Como consequência dessa produção de suor exacerbada temos a hiperidrose", afirma a dermatologista Carolina. A obesidade também está associada com mudanças na estrutura do colágeno, que é responsável pela sustentação e firmeza da pele, além de participar do processo de cicatrização. "No entanto, flacidez e rugas  não são tão evidentes nos obesos, pois existe aumento da gordura subcutânea, que 'preenche' os sulcos e linhas de expressão."

Outro problema comum da obesidade são as estrias, causadas pelo estiramento excessivo da pele provocado pelo aumento de peso. "Esse tipo de estria se localiza principalmente nas mamas, coxas, nádegas e abdome", lembra a dermatologista. Foda essas manifestações mais comuns, a obesidade também pode causar o aparecimento de lesões de pele na região do pescoço e axilas semelhantes a verrugas, chamadas fibromas moles ou acrocórdons, e também a queratose pilar, que são pequenas "bolinhas ásperas" que se localizam na superfície externa dos braços. "Algumas doenças de pele não são causadas pela obesidade, mas podem ser agravadas por ela, como psoríase, insuficiência venosa crônica, celulite, infecções fúngicas e bacterianas, hiperceratose relativa da planta do pé (espessamento plantar), hidradenite supurativa, tofo gotoso e intertrigointertrigo."

Sistema linfático e vascular

A obesidade impede ou retarda o fluxo linfático, o que conduz à retenção de líquido no subcutâneo, alteração chamada de linfedema. Outro ponto causado pela obesidade é a dilatação dos vasos sanguíneos, principalmente nas pernas, fazendo com que a circulação sanguínea na pele fique aumentada. Há também um maior risco de obstrução vascular ocasionando pela deposição de gordura na parede das artérias. "Essas alterações levam ao aparecimento de varizes, e, eventualmente, tromboses", afirma a dermatologista Carolina.

Não se esqueça do oftalmologista

A obesidade pode influenciar - e muito! - na saúde dos nossos olhos. Pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard (EUA) acompanharam mais de 130 mil pessoas e descobriram que um IMC igual ou superior a 30 estava relacionado com o desenvolvimento de catarata. Segundo o estudo, a obesidade aumentava em 36% o risco do problema ocular. O risco de desenvolver uma catarata subcapsular posterior - tipo mais grave - aumentou em 68% com o excesso de peso. Isso acontece porque a obesidade é um fator de risco para o surgimento de diabetes, colesterol alto e hipertensão, que são as principais causas de problemas da visão como catarata, glaucoma e retinopatia diabética. Outras doenças oculares decorrentes dessas alterações são degeneração macular, oclusão da veia central da retina ou de seus ramos e retinopatia por hipertensão arterial.

Cérebro afetado

As pessoas com obesidade geralmente sofrem problemas cerebrais devido às complicações clínicas da obesidade, como diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia e apneia do sono - todas doenças que favorecem o aparecimento de acidentes vasculares cerebrais, por exemplo. "Mas, por outro lado, observa-se que indivíduos com obesidade e nenhuma comorbidade mostram uma queda do desempenho cognitiva em testes psicológicos, principalmente em idosos", explica o neurologista Antonio Cezar Galvão, do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho. O especialista afirma que o cérebro da pessoa acima do peso e com mais idade tende a ser mais atrofiado que o normal, mas ainda não se sabe exatamente o porquê. "Especula-se que a obesidade poderia lesionar uma série de tecidos neurológicos. " Nesse cenário, explica o neurologista, a obesidade também pode ser um fator de risco para o desenvolvimento da Doença de Alzheimer e as demências vasculares.

Além dessas relações, a obesidade é comprovadamente um fator de risco para a cronificação da enxaqueca, podendo tornar a dor de cabeça diária. "Sugere-se que o tecido gorduroso libere substâncias que favoreçam a inflamação dos vasos sanguíneos, além de interferir na produção de neurotransmissores responsáveis pela dor", afirma o neurologista. Outros problemas neurológicos que aparecem em pessoas com obesidade, segundo o especialista, geralmente estão relacionados a outras comorbidades, como síndrome metabólica, diabetes, hipertensão arterial e apneia do sono. 

Seu sistema respiratório também sofre

 O sobrepeso, ao dificultar a respiração, favorece casos de apneia do sono. A apneia do sono é o estágio mais avançado do ronco e acontece quando a passagem do ar pela garganta está totalmente obstruída e há interrupção da respiração. "Há uma espécie de campainha na garganta, chamada úvula, e a vibração dela provoca o ronco - e isso não necessariamente acontece em pessoas com obesidade", explica o odontologista especializado em distúrbios do sono Fausto Ito, da Associação Brasileira do Sono. Entretanto, a apneia está fortemente ligada com o aumento de peso. "O tecido gorduroso acumulado ao redor do pescoço, no tórax e no abdômen dificultam a respiração, causando apneia", explica o especialista. Ele afirma que apneia e obesidade andam juntas, uma vez que a qualidade ruim do sono desorganiza o metabolismo e prejudica a síntese de vários hormônios, agravando a obesidade.

Outro problema respiratório causado pela obesidade é a hipoventilação alveolar, que acontece quando nosso organismo não respira o suficiente, ou seja, não ventila o suficiente para que seja realizada a troca de gases nos pulmões. A relação entre hipoventilação alveolar e obesidade se dá uma vez que o excesso de peso sobrecarrega o aparelho respiratório.

Músculos e ossos mais fracos

Segundo o médico do esporte Pablius Braga, do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital 9 de Julho, a obesidade causa mudança de postura e alteração de nosso centro de gravidade - que fica projetado para frente devido ao aumento da circunferência abdominal. "Desta forma, a coluna lombar é projetada a frente aumentando a curva das costas e a bacia tende a se projetar também frente, fazendo a coxa girar para dentro e os joelhos formarem um 'X'", explica o especialista. De acordo com Pablius, todas essas mudanças acontecem para compensar o aumento anormal de massa corporal. "O corpo precisa deste ajuste senão as quedas e tombos seriam frequentes devido ao desequilíbrio."

A queixa mais comum dos pacientes com obesidade é a dor nas costas, ou lombalgia. "Ela acontece pela mudança da posição da coluna que ao projetada para frente leva a um aumento da tensão nos músculos que acompanham a coluna e das articulações que a sustentam", conta o médico do esporte. Com o passar de meses e anos, sustentar esta posição por conta da obesidade irá resultar em dor. "Uma das recomendações para diminuir a lombalgia é a perda de peso e o fortalecimento muscular." Outro problema comum em pessoas com a doença é um quadro de gota, que segundo o especialista não é uma relação direta. "Pessoas com excesso de peso e uma predisposição a sofrer com o acúmulo de ácido úrico no sangue, causador da gota, sofrem mais com o controle do problema devido à limitação para ação de medicamentos e a dificuldade de movimentação física", declara o especialista.

A obesidade também é uma emissária da osteoartrite, também conhecida como artrose, e se dá por um desgaste crônico das articulações, causando dores generalizadas. "Existem evidências científicas que mostram a relação entre o aumento de IMC (entre 30 e 35) com o aparecimento da osteoartrite", afirma o médico do esporte Pablius. Ele explica que as articulações possuem algumas forças que possibilitam ao órgão absorver impacto tanto em repouso como em movimento e, ao absorver estas cargas, transformá-las em energia e movimento. Exemplo: ao caminhar existe a carga suportada pelos joelhos ao "chocar" ou colocar o pé no solo. Essa carga é transformada em energia, que impulsiona o pé para frente e executa o passo. "A sobrecarga de peso ou obesidade pode transformar esses movimentos em traumas minúsculos, mas repetitivos, levando as alterações das cartilagens e, consequentemente, um desgaste das estruturas da articulação, formando áreas de inflamação", descreve o especialista. 

Câncer em evidência

"As pessoas com obesidade parecem ter mais predisposição a vários tipos de tumores", declara o oncologista Anderson Silvestrini, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). Ele explica que a obesidade leva a uma desregulação do sistema endócrino do paciente, culminando na secreção de várias substâncias como fatores estimulantes e inflamatórios. "Isso leva a alterações celulares que podem evoluir para neoplasias", diz. Os cânceres comprovadamente relacionados com a obesidade são os de esôfago, cólon e reto, pâncreas, vesícula, próstata, mama, útero, colo do útero e rim.

"A obesidade aumenta a incidência do câncer de cólon e reto e reto por conta da inflamação crônica que ocorre na obesidade, levando a um hiperestímulo celular e o surgimento da neoplasia", afirma o oncologista. Já no câncer de esôfago, a obesidade está relacionada principalmente com o do tipo adenocarcinoma, que tem como outros fatores de risco o refluxo gastroesofágico e o tabagismo. "Para o câncer de vesícula suspeita-se que a relação aconteça devido às alterações hormonais da obesidade", declara Anderson. Segundo o médico, a obesidade não só aumenta o risco de câncer de vesícula como eleva as chances de morte pelo problema.

O câncer de mama e o câncer de colo do úterocâncer de colo do útero apresentam uma relação importante com a obesidade. "As mulheres com a doença têm 1,5 vezes mais chance de desenvolver câncer de mama", explica o oncologista Anderson. Isso acontece porque o hormônio estrógeno, fortemente ligado ao aparecimento do câncer, é produzido em nosso tecido adiposo. Com o excesso de gordura corporal, esse hormônio pode começar a ser produzido em maior quantidade, aumentando o risco de mutação. "O câncer de colo de útero, por sua vez, está mais relacionado ao ganho de peso acelerado e aumento da circunferência abdominal, principalmente em mulheres na menopausa." No caso do câncer renal, afirma o oncologista Anderson, a obesidade aumenta o risco em 70%, comparável até ao hábito de fumar, que eleva a chance em 50%. "Esse câncer também parece estar relacionado à produção de hormônios em níveis aumentados.

Bem amigas, já que todas foram conscientizadas, eu agradeço a atenção dispensada, desejando a todas vocês uma semana memorável.


Ramep
Por
Iris de Queiroz
Projetos Sociais